Europa nem sempre é sinônimo de sucesso. Lucas e Robinho que o digam

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

  • REUTERS/Alessandro Garofalo

    Estrela e badalado nos tempos de Santos, Robinho nunca foi considerado top na Europa

    Estrela e badalado nos tempos de Santos, Robinho nunca foi considerado top na Europa

Ronaldo causou polêmica no ano passado ao aconselhar Neymar a trocar o Santos pelo Barcelona o quanto antes porque na Europa os jogadores "se desenvolvem ". Mano Menezes, então técnico da seleção, reforçou o discurso. Mas a "europeização", se trouxe crescimento profissional, não entregou o todo o sucesso desejado a Lucas e Robinho, que ficaram fora da lista para a Copa do Mundo.

Em seus clubes no Brasil, Lucas e Robinho eram estrelas e ídolos de São Paulo e Santos, respectivamente, ganharam títulos e chegaram em alta à seleção em um passado recente.

Mas ambos jamais repetiram desempenho atuando por clubes europeus. Contratado no ano passado por mais de R$ 100 milhões, Lucas não desfruta da mesma idolatria na França e é reserva do Paris Saint-Germain. Ele tem atuado como titular em virtude da lesão do astro Ibrahimovic.

Sobre a ausência de seu nome na lista de Felipão, Lucas ressaltou que apoiará de longe os amigos de seleção.

"Estou triste, chateado, é claro. A minha esperança era de estar na lista. Mas não posso desanimar. Sei das minhas qualidades", disse Lucas ao Sportv.

"Uma de minhas qualidades é minha cabeça. Vou torcer bastante. Fiquei muito contente com a convocação do Maxwell [também do PSG]. Estarei no meu país, torcendo para meus amigos", acrescentou Lucas.

Robinho não figura entre os titulares do Milan. O técnico Clarence Seedorf tem optado pelo atacante marroquino Adel Taarabt entre os titulares.

O início de Robinho no futebol foi arrasador: campeão brasileiro com apenas 17 anos no Santos e a promessa de que poderia ser o grande craque da seleção brasileira.

Após conquistar seu segundo título nacional com o Santos, no fim de 2004, Robinho foi negociado para o Real Madrid em 2005. Na Espanha, o atacante era coadjuvante de um time que reunia Ronaldo, Zidane e Beckham. Nesse contexto foi convocado para o Mundial de 2006.

Vendido para o Manchester City em 2009, Robinho não se firmou. Para não correr riscos de ficar fora do time de Dunga na Copa de 2010, convenceu a diretoria do clube inglês a emprestá-lo ao Santos no primeiro semestre do ano da Copa. Conquistou títulos em casa e foi ao seu segundo Mundial. Na ressaca de mais uma decepção, ele deixou o City rumo ao Milan, onde emplacou bons jogos, mas nunca foi a estrela da equipe.  

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