Um estudo realizado pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que apenas 16% dos empresários diretamente afetados pela Copa do Mundo esperam bons lucros com o evento no Brasil. Outros 40% dos empresários acreditam que terão aumento no faturamento durante o Mundial, mas em um nível muito pequeno. Já 33% dos entrevistados projetam uma queda no faturamento nos meses de junho e julho.

A pesquisa foi feita com entrevistas a 600 donos e diretores de estabelecimentos de sete cidades-sedes da Copa do Mundo. Foram consultados sete segmentos que serão afetados pelo evento, como hotéis, comércio, restaurantes, agências de turismo e transporte.

O setor apontado na pesquisa como mais beneficiado é a hotelaria, mas a Copa não empolga nem os empresários destes estabelecimentos. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi, diz que a taxa de ocupação nos estabelecimentos não sofrerá grande alteração. Ele conta que a média para o período é de 65% dos leitos negociados e que mesmo com o Mundial o índice não mudará.

Os empresários mais otimistas com a Copa são aqueles de cidades litorâneas, como Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza. Nestes locais é esperado que o turista compre um pacote e aproveite as opções de lazer nos intervalos entre as partidas, afirma o gerente financeiro do SPC, Flávio Borges.

Por causa da previsão de menos lucros, o principal investimento dos empresários para a Copa foi aumentar os estoques e a variedade de produtos oferecidos. Reformas, ampliações e contratações não serão significativas. O que o consumidor pode esperar é aumento de preços.A pesquisa revela que 42% recorreu ao expediente na Copa das Confederações e 11% já admitem fazer o menos no Mundial.