Gringos do Fla fazem previsão para Copa: Brasil hexa e medo da violência

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

Flamengo
Flamengo

O elenco do Flamengo em 2014 conta com três jogadores sul-americanos ansiosos para a Copa do Mundo no Brasil. Porém, apenas o zagueiro Erazo disputará a principal competição mundial de futebol com a seleção do Equador. E qual a programação do argentino Mugni e do paraguaio Cáceres? A dupla decidiu por acompanhar os jogos no Maracanã e fez até previsões para o torneio. Entre elas: a conquista do hexacampeonato pela seleção brasileira e o medo constante dos estrangeiros com a violência no país.

A reportagem do UOL Esporte reuniu os dois para falar sobre o tema no CT Ninho do Urubu. Ambos acreditam em um bom papel do Brasil como organizador da Copa do Mundo, mas deixam claro que a imagem nos vizinhos Argentina e Paraguai está longe de ser das melhores após a onda de protestos iniciada no ano passado.

"O mundo inteiro está de olho no Brasil. A torcida é para que tudo aconteça com tranquilidade, mas não podemos esconder que as questões dos protestos e da violência são faladas em outros países. O preço das coisas também aumentou. Não está barato viver nas sedes da Copa do Mundo. Tudo dobrou de valor. É difícil para o povo lidar com isso. É o tipo de coisa que as classes mais humildes não toleram. O tráfico também é um fator complicado e amplia a preocupação com a segurança", afirmou Lucas Mugni.

"Muitos problemas são conhecidos no Paraguai. Mas vivo aqui e também vejo evolução em vários aspectos. Observo o país com condições de sediar a Copa do Mundo. O que realmente complica é a violência, divulgada nos jornais do mundo inteiro. Os protestos foram muito propagados. O temor com a segurança existe, pois só se fala nisso. Não estamos no torneio, mas muitos paraguaios virão ao país e estão preocupados", completou Víctor Cáceres.

Mas se o medo existe por um lado, a certeza do sonhado hexacampeonato brasileiro dá as caras de outro. Os dois apostam na seleção anfitriã e no nome de Neymar como o possível craque da competição.

"Vejo o Brasil favorito pela qualidade dos jogadores e o fator casa. Tem tudo para fazer um grande Mundial e ser campeão. Também acredito que o Neymar será o craque da Copa do Mundo", disse um convicto Cáceres, acompanhado pelo "secador" Mugni.

"Acho que Brasil, Argentina, Espanha e Alemanha são seleções favoritas ao título. O Brasil tem o Neymar e o apoio da torcida. Isso ajuda bastante e faz diferença para colocá-lo como postulante principal. A Argentina ainda possui o melhor jogador do mundo na minha opinião. Torço para que o Messi seja o craque da Copa e possamos surpreender (risos)", comentou.

A dupla mantém relação estreita com o equatoriano Erazo. Tanto que sem a classificação do Paraguai para a Copa do Mundo, Cáceres vai ao Maracanã torcer pelo amigo no duelo contra a França, dia 25 de junho. Por sua vez, Mugni recebe os familiares no Rio de Janeiro para acompanhar Argentina e Bósnia, em 15 de junho, no mesmo local.

"Não posso deixar de acompanhar a Argentina no Maracanã. Pretendo estar junto o máximo possível nessa trajetória. Ainda não comprei os ingressos para todo mundo, mas vou correr atrás e presenciar esse dia histórico com amigos e família. Torcemos para que a festa seja maior do que qualquer tumulto durante o Mundial. É fundamental reduzir o clima de insegurança nas ruas a cada dia que passa", encerrou.

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