O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, recebeu salário pela entidade enquanto trabalhou para a CBF em 2007. A afirmação saiu na edição desta terça-feira do jornal Estado de S. Paulo.

Segundo o jornal, em fevereiro de 2007, enquanto estava fora da Fifa, Valcke fechou um contrato de US$ 100 mil (R$ 223,5 mil, em valores da época) para prestar assessoria para a CBF na criação de um orçamento para a Copa do Mundo de 2014.

Valcke havia sido afastado da Fifa em dezembro de 2006, quando era diretor de marketing da entidade e uma corte dos Estados Unidos determinou que ele havia mentido nas negociações de contrato com as empresas Mastercard e Visa.

Mas desde março de 2007, segundo apurou o jornal, já era de conhecimento de todos dentro da Fifa que Valcke voltaria para a entidade em julho daquele ano, para ser o número 2 da Fifa e o gestor da Copa do Mundo que ajudou a preparar.

A assessoria de imprensa da Fifa confirmou que o salário de Valcke continuou a ser pago nos meses em que ele trabalhou como consultor da CBF. A entidade justificou que o procedimento faz parte de um pacote oferecido quando um funcionário deixa a entidade. "Isso faz parte dos contratos dos funcionários de alta gerência, não apenas na Fifa".