As companhias aéreas que oferecem voos para as cidades-sede da Copa do Mundo durante o torneio (12 de junho a 13 de julho) haviam vendido apenas 10% das passagens para o período até esta sexta-feira (21). A informação é da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

De acordo com o presidente da agência, Marcelo Guaranys, todos os destinos (12 cidades) ainda possuem passagens. As cidades que estão com o menor número de lugares nos voos disponíveis são Fortaleza e Natal, com 40% dos lugares já estão ocupados no período do mundial da Fifa. Curiosamente o destino com maior taxa de ocupação até agora para o período da Copa é Campina Grande, município da Paraíba, que não tem nada a ver coma Copa, mas que organiza uma das mais tradicionais festas juninas do país.

Guaranys informou também que o preço das passagens está 25% mais barato, em média, do que estava em dezembro e outubro, antes de a Anac ter redesenhado a malha aérea brasileira especialmente para o período de Copa.

A malha aérea especial da Copa do Mundo, que será implantada no Brasil do dia 6 de junho ao dia 20 de julho, terá 1.973 novos voos - entre reforços nas rotas mais movimentadas e criação de rotas que não existem regularmente. Ao todo, 80 mil voos foram incluídos ou modificados na malha durante o período. O número representa 42% de todos os voos para o período em questão. 

Por questões de segurança, a Força Aérea Brasileira criou zonas e horários de restrição para voos nas cidades-sedes da Copa nas horas que antecedem e sucedem as partidas. Em Fortaleza, Manaus e Cuiabá, os aeroportos ficarão fechados para pousos e decolagens durante os jogos. O mesmo acontecerá com os terminais de Pampulha (Belo Horizonte) e Santos Dumont (Rio de Janeiro). Por causa disso, cerca de 800 voos entre 12 de junho e 13 de julho deverão ser cancelados ou remanejados.

De acordo com o programa idealizado pelo Comando da Aeronáutica, haverá restrição ao tráfego aéreo em diferentes níveis e por diferentes intervalos de tempo dependendo da partida que será disputada. Nos dias dos jogos de abertura (São Paulo) e encerramento (Rio de Janeiro) da Copa, os períodos de vigência das restrições serão compreendidos entre três horas antes e quatro horas depois do início das partidas.

Assim, por exemplo, no dia 12 de junho, na abertura do Mundial, marcada para acontecer no Itaquerão, em São Paulo, quando o horário do início do jogo está programado para as 17h, o início da restrição será às 14h e o término, às 21h.

Já nas partidas das fases de grupo, haverá restrições entre uma hora antes e três horas após o começo dos jogos. Finalmente, para todos os outros jogos, o intervalo restritivo será entre uma hora antes e quatro horas depois do começo das partidas.

As aeronaves que não respeitarem as normas dos períodos e áreas restritivas serão abordadas por aviões da Força Aérea e instadas a deixar o espaço aéreo restrito. Em último caso, os caças têm permissão para abater as aeronaves que desrespeitarem as ordens.

* Colaborou Vinícius Segalla, do UOL, em São Paulo