Protesto contra a Copa vira tentativa de rolezinho em Curitiba

Osny Tavares

Do UOL, em Curitiba (PR)

  • AFP PHOTO/HEULER ANDREY

    Protestos contra a Copa tomam as ruas de Curitiba após confirmação de que cidade receberá jogos

    Protestos contra a Copa tomam as ruas de Curitiba após confirmação de que cidade receberá jogos

Após a confirmação de Curitiba como sede da Copa do Mundo nesta terça-feira, um grupo de manifestantes se reuniu na Boca Maldita, Centro de Curitiba, pedindo a exclusão da cidade do torneio. Cerca de 150 pessoas se concentraram no local -- ponto de manifestações na capital paranaense -- a partir das 18h30. Pouco depois, começaram a marchar pelas ruas de Curitiba, interrompendo o trânsito do final da tarde. Não há policiamento acompanhando o protesto.

Inicialmente, existia a possibilidade de o grupo se deslocar até a Arena da Baixada, no bairro Água Verde. Torcedores uniformizados do Atlético-PR se reuniram em frente à obra para reagir à manifestação.

Os manifestantes caminharam então rumo ao bairro Batel, região de consumo de alto padrão, com bares, lojas e shopping centers, hostilizando pessoas que frequentavam esses locais. Perto das 20h, chegaram em frente ao Shopping Pátio Batel, considerado o mais luxuoso da cidade.

Os seguranças imediatamente fecharam as portas, mas alguns manifestantes conseguiram entrar. Não houve tentativa de entrada à força. O grupo permaneceu em frente ao shopping durante meia hora, gritando palavras de ordem.

Paralelo às discussões sobre o mega-evento da Fifa, levantaram bandeiras sociais, acusando o estabelecimento de discriminação. Um funcionário de uma loja chegou a discutir com o grupo, em sua maioria jovens. Uma bomba explodiu próximo ao grupo, mas ninguém se feriu. Na saída, um motociclista tentou furar o bloqueio e foi agredido com chutes e tapas no capacete. Um taxista também foi hostilizado. No momento, os manifestantes retornam em direção ao Centro.

O protesto foi convocado ontem (17) pelo Facebook. Desde que foi colocado no ar, pessoas com camisas do Atlético-PR passaram a ameaçar os participantes. De acordo com os organizadores do protesto, a ameaça de exclusão de Curitiba era apenas uma forma de pressionar o poder público a dispender mais dinheiro na obra.

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