Inter ameaçou deixar Porto Alegre fora da Copa, mas Fifa lava as mãos

Do UOL, em São Paulo

Se há uma definição sobre as estruturas temporárias das arenas da Copa do Mundo no Brasil é que a Fifa não vai pagar essa conta. Foi o que garantiu nesta segunda-feira, 17, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, após visitar o estádio Mané Garrincha, em Brasília. 

Na sexta-feira, 14, o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, disse que Porto Alegre poderia ficar fora do Mundial se não houvesse uma solução para o impasse em torno do pagamento dessas estruturas. O clube afirma que não tem como bancar tudo e pressiona os governos municipal e estadual por mais recursos.

São chamadas de estruturas temporárias geradores de energia elétrica e as instalações para receber voluntários, imprensa e funcionários da própria Fifa. O pagamento com dinheiro público das estruturas usadas na Copa das Confederações gerou uma ação do Ministério Público em 2013. O custo foi estimado em R$ 230 milhões.

"O que posso dizer é que um estádio da Copa não pode ficar sem essas estruturas", afirmou Valcke, nesta segunda, durante coletiva de imprensa. "Se a Fifa vai pagar? A resposta é não."

O dirigente ainda respondeu perguntas sobre a possibilidade de Curitiba ficar fora da Copa devido aos atrasos nas obras da Arena da Baixada. "Um time técnico vai a Curitiba amanhã [terça-feira] e então vamos dar a resposta final. Não estamos fazendo isso apenas pelo prazer de deixar todos esperando."

Valcke disse, ainda, que acredita que o Brasil está tomando todas as medidas para se preparar para que as manifestações não atrapalhem o andamento do torneio. Ele disse estar torcendo para que os brasileiros e os torcedores estrangeiros possam se divertir durante a Copa.

Também presente à coletiva, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, rebateu críticas à Arena Pantanal. Reportagem publicada pela agência de notícias Reuters mostrou que o incêndio que atingiu o estádio mato-grossense em outubro do ano passado provocou danos maiores do que o divulgado pelo governo. 

"O laudo atribuído ao Ministério Público é um evidente esforço de reportagem, porque não há essa descrição de estrutura comprometida no laudo. O que o Ministério Público alega é que há necessidade de outro laudo porque aquele que foi oferecido pela empresa, pelos responsáveis pelo estádio, não seria suficiente", disse o ministro.

"Visitei o estádio de Cuiabá na semana passada. As obras prosseguem de acabamento. Não há nenhuma obra de estrutura de concreto ou metálica em curso. Todas elas foram concluídas. O que resta são as obras de acabamento". concluiu Rebelo. 

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