Dá para ver a Copa no avião. E não é na companhia que patrocina a seleção

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/Azul

    Passageiro assiste a programa da Sportv ao vivo em avião da Azul

    Passageiro assiste a programa da Sportv ao vivo em avião da Azul

Durante a Copa do Mundo a seleção brasileira voará de Gol, mas os comandados de Felipão não poderão assistir aos jogos enquanto viajam. Passageiros de uma outra companhia terão essa chance: a Azul vai transmitir as partidas ao vivo.  A possibilidade existe graças a um sistema abastecido por sinais de satélite que sintoniza a programação e está disponível em 58 das 134 aeronaves que a empresa tem.

Com a possibilidade de transmitir jogos ao vivo, a estratégia da Azul é capitalizar o diferencial e justificar os R$ 100 milhões investidos em parceria com a Sky para desenvolver o sistema, que funciona desde o final de 2012.

Ele consiste numa antena e em um programa de computador que são instalados nas aeronaves. Juntos, permitem a captação dos sinais emitidos pelo satélite da operadora e a transmissão ao vivo de 48 canais – sendo 18 da Rede Globo em diferentes estados. Os monitores individuais também podem sintonizar os canais de esporte SporTV e BandSports.

Dependendo do andamento do jogo exibido pela televisão, o complicado pode ser convencer as pessoas a deixarem o avião. Já foi assim no último capítulo de Avenida Brasil, quando ninguém queria desembarcar sem saber o desfecho de Nina e Carminha. Não é difícil que a situação se repita numa eventual disputa de pênaltis. Ainda demais se envolver alguma seleção tradicional. 

A tecnologia não é nova. Ela também existe nos Estados Unidos numa parceria da Jet Blue, pertencente ao mesmo dono da Azul, e a DirecTV, controladora da Sky. Mas a transmissão de jogos ao vivo não é a única aposta da empresa brasileira para a Copa. A companhia estuda uma espécie de pacote. Não está definido como vai funcionar, mas está em análise um serviço de bordo temático e nova decoração das aeronaves.

A Gol tem outra proposta para o Mundial. A companhia, que pela primeira vez transportará a seleção, quer ganhar a disputa com as concorrentes pelo bolso. Promete que as tarifas para as cidades sedes dos jogos não passarão os R$ 499 em 90% dos bilhetes. Com esta tática, acredita que não precisa de transmissão ao vivo de futebol ou mudanças no cardápio.

 

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