Zagallo inaugura livro no Maracanã e vê Fred como 'interrogação' para Copa
Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
Apesar da expectativa pelo clássico entre Flamengo e Fluminense, foi Zagallo quem roubou a cena no Maracanã neste sábado. A convite da concessionária que administra o local, o ex-jogador e técnico tetracampeão do mundo pela seleção brasileira inaugurou o livro de ouro do estádio.
Emocionado com a homenagem, Zagallo atendeu a imprensa em um dos camarotes do Maracanã e falou sobre o que mais gosta: futebol e seleção brasileira. Questionado, ele disse se preocupar com a situação do atacante Fred, que teve nova lesão muscular e foi vetado para o clássico, para a Copa do Mundo.
"É uma preocupação grande, geral. Preocupa sempre um jogador assim não estar jogando. Mas quem pode falar melhor é o Felipão. O Fred antes era um jogador certo, hoje é um ponto de interrogação para a Copa do Mundo. Até dois, talvez. Não sabemos o que poderá acontecer com ele. Espero que possa superar tudo para atender ao chamado do Felipão", disse o "Velho Lobo".
Tristeza por estádio vazio
Zagallo ainda mostrou lamentação por ver um Maracanã vazio em dia de clássico e homenagem.
"Confesso que imaginava esse Maracanã lotado para o Fla x Flu. É uma pena muito grande. A torcida do Flamengo costuma lotar isso aqui. Tinham que fazer o mesmo que o Botafogo fez na Copa. Não é normal, até pelo horário bom, por ser um dia tranquilo. Não sei se foi o preço o ingresso, o que aconteceu. Mas é fato que merecíamos mais gente aqui", disse, enquanto escutava protestos da torcida rubro-negra e via faixas condenando os ingressos a R$ 100.
Por fim, ele comentou a felicidade de receber a homenagem e revelou quem gostaria que fosse o segundo a assinar o livro.
"Por tudo que ele representou aqui no Maracanã, gostaria de ver o Zico como segundo a assinar esse livro. Ele merece muito. E tenho uma relação muito bacana com ele. Ele é o jogador que, talvez, melhor represente este estádio".
"Estou muito emocionado e feliz com o convite. O Maracanã é minha casa. Foi aqui que me tornei um vencedor, como atleta e técnico. Conheço isso aqui desde o início, naquela Copa de 50, quando ainda era um simples soldado do exército", encerrou.