Líder do MST diz que protestar durante a Copa do Mundo é um erro

Da Efe, em São Paulo

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou nesta quinta-feira que realizar protestos durante a Copa do Mundo do Brasil é um erro. O motivo é simples: a maioria da população está interessada em acompanhar o torneio.

"Não somos contra o Mundial. Todo o povo brasileiro quer assistir a Copa. Mesmo que os ingressos sejam muito caros e a Fifa fique com todo o lucro, as pessoas irão querer assistir em suas casas, pela televisão", analisou.

O dirigente do MST ainda revelou que o movimento rural apoia as reivindicações da sociedade, mas ressaltou que os problemas do país não se limitam às denúncias de irregularidades nas obras de construção dos estádios que serão usados na Copa.

A supervalorização dos orçamentos é algo mínimo, segundo Stédile, em comparação com outras necessidades. O dirigente citou, por exemplo, a concessão realizada em 2013 para a exploração do campo de Libra.

"O pior momento para as manifestações é durante o Mundial, seria um erro dos jovens. As mobilizações devem ser feitas antes", disse Stédile em entrevista coletiva em São Paulo. 

Em 2013, diversas manifestações foram realizadas em cidades que receberão a Copa das Confederações e algumas delas terminaram em confronto entre polícia e protestantes. No último dia 25 de janeiro, também foram realizados atos em cidades pelo país contra a realização do Mundial. 

Em São Paulo, houve confronto na região central e atos de vandalismo pela cidade. Um manifestante foi baleada por policiais horas depois do fim do protesto. 

Recentemente, Pelé também pediu para que a população evite realizar manifestações durante a realização da Copa do Mundo, que será disputada entre 12 de junho e 13 de julho, em 12 cidades brasileiras. 

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