Fifa anuncia renovação de contrato de patrocínio com a Visa até 2022

Do UOL, em São Paulo *

  • AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI

    Blatter comemorou a extensão do acordo de patrocínio com a Visa

    Blatter comemorou a extensão do acordo de patrocínio com a Visa

A Fifa anunciou nesta terça-feira a extensão do contrato de patrocínio com a Visa até 2022. Com o acordo, a empresa garante exclusividade no setor de cartões de crédito de exploração das principais competições da entidade por mais oito anos, o que inclui as Copas do Mundo da Rússia, em 2018, e do Qatar, em 2022.

De acordo com a Fifa, o pacote inclui mais de 40 eventos da entidade no período, com destaque também para a Copa do Mundo Feminina e as edições bienais do Mundial Sub-20. "Estamos muito satisfeitos por termos chegado a este acordo com nosso parceiro, a Visa", disse o presidente da entidade, Joseph Blatter.

"A imensa rede global e os programas envolventes de consumo da Visa desempenham um papel significante em levar a Copa do Mundo da Fifa a todos os cantos do mundo, e estamos satisfeitos por ter uma marca global tão forte ao nosso lado até 2022", concluiu o dirigente.

O vice-presidente global de parcerias da Visa, Ricardo Fort, comemorou a renovação do acordo. "A associação com a Copa do Mundo e todo o portfólio de competições da Fifa diferencia nossa marca e nos permite oferecer oportunidades únicas aos nossos clientes ao redor do mundo", afirmou o executivo.

A Visa se tornou a quinta empresa a garantir contrato de patrocínio com a Fifa pelos próximos oito anos, depois de Adidas, Coca-Cola, Hyundai-Kia, e Anheuser-Busch InBev. A empresa de cartões é parceira da Fifa desde 2007, quando substituiu a Master Card. 

Negociação com a Visa causou demissão de Valcke da Fifa em 2007

O anúncio da renovação do contrato de patrocínio da Fifa com a Visa volta a lançar luz sobre a polêmica negociação que em 2006 provocou a demissão do francês Jérome Valcke, hoje o número dois na hierarquia da entidade e o homem-forte da organização do Mundial de 2014.

Depois de durante décadas manter um relacionamento comercial para lá de estável com a Mastercard, a Fifa entrou em rota de colisão com o parceiro depois de vir à tona que Valcke estava negociando com a Visa nos bastidores. A operadora entrou na justiça contra a Fifa nos EUA e a entidade foi condenada a pagar US$ 60 milhões de dólares de multa.

Em meio a uma tempestade de críticas, o presidente Joseph Blatter teve que sacrificar o francês em dezembro de 2006. Seis meses depois, porém, o francês não só estava de volta à entidade, promovido ao cargo de secretário-geral, como a Visa foi anunciada como patrocinadora da Fifa.

Na prática, a operação comandada por Valcke e descrita nos tribunais como o ''oposto do fair play'', valeu ao francês uma senhora promoção, que inclui uma porta aberta para uma eventual ascensão ao cargo máximo na Fifa – Blatter, por exemplo, durante quase 20 anos foi o grão-vizir do brasileiro João Havelange na presidência.

* Colaborou Fernando Duarte, em Zurique (Suíça)

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