Manaus vê a 2ª morte em obras da Copa; Itaquerão e Brasília tiveram vítimas

Do UOL, em São Paulo

A morte de um operário na madrugada deste sábado em Manaus, na Arena da Amazônia, foi a segunda registrada desde o começo das obras do estádio que será usado na Copa do Mundo de 2014. Um outro caso com vítima fatal aconteceu em março. A maior tragédia foi o recente caso com o Itaquerão, com duas mortes. Brasília também registrou uma morte.

Em Manaus, este ano, o pedreiro Raimundo Nonato Lima Costa, de 49 anos, foi encontrado já morto por outros trabalhadores do turno noturno da obra na capital do Amazonas.

Ele caiu de uma altura de cerca de 4 metros enquanto caminhava por vigas. Sua morte, porém, ocorreu durante um intervalo de trabalho, enquanto Raimundo estava sozinho no canteiro de obras. Nenhum outro operário viu o que aconteceu.

No Itaquerão, no fim de novembro, o problema foi com um guindaste que erguia uma parte da cobertura do estádio do Corinthians, que será usado na abertuda da Copa. Dois trabalhadores morreram: o operador de guindaste Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44.

A primeira aconteceu no mês de junho de 2012 quando um ajudante de carpinteiro caiu de uma laje na obra do Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha. José Afonso de Oliveira Rodrigues, 21 anos, tentou ser reanimado por cerca de 40 minutos, mas não resistiu.

Em um caso não relacionado a obras, o armador Antônio Abel de Oliveira, de 55 anos, procurou a enfermaria do consórcio após se sentir mal durante o trabalho. Ele deu entrada no hospital com parada cardiorrespiratória e sangramento na região oral, mas não resistiu.

Feridos, explosão e incêndio

Além dos casos fatais, as obras do Mundial de 2014 já tiveram outros casos com feridos e até uma explosão.

Em outubro de 2012, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, um trabalhador cujo nome não foi revelado fraturou seu braço após ser atingido por um pedaço de madeira.

Em dezembro de 2012, uma explosão seguida por um princípio de incêndio assustou os operários que trabalhavam nas obras da Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR em Curitiba que receberá os jogos da Copa do Mundo de 2014. Não houve feridos.

Em outubro deste ano, um princípio de incêndio atingiu o Complexo da Arena Pantanal, em Cuiabá, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater as chamas no estádio. De acordo com informações da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), o fogo começou em placas de isopor de uma das áreas do setor oeste da arena, mas foi controlado pelos bombeiros e ninguém se feriu.

Obras em estádios fora da Copa mataram outros três

Obras não relacionadas com a Copa também tiveram acidentes fatais recentemente. Em abril deste ano, um dos lances da arquibancada superior da Arena Palestra desabou e o funcionário Carlos de Jesus, de 34 anos, morreu. Outro operário ficou ferido.

Em janeiro, um operário da Epplan, empresa terceirizada que trabalha na construção da Arena do Grêmio, morreu após sofrer uma descarga elétrica. Segundo informações da polícia, ele trabalhava na manutenção do sistema de iluminação quando ocorreu o acidente. A vítima trocava uma luminária quando recebeu a descarga. Uma ambulância do Samu foi chamada, mas o homem não resistiu e acabou falecendo no local.

Em outubro de 2011, um operário da Arena Grêmio morreu atropelado. Por causa da localização do dormitório dos trabalhadores, eles são obrigados diariamente a atravessar uma movimentada rodovia, o que acabou no acidente fatal e num protesto de outros operários, que colocaram fogo nos dormitórios.

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos