O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, isentou a entidade do alto custo da Copa do Mundo do Brasil. Nesta quinta-feira, o francês explicou como foi o processo da escolha das sedes, citou o ex-presidente Lula e aproveitou para alfinetar o atraso nas obras dos estádios do mundial. 

"Isso [alto custo dos estádios em um país com desequilíbrio social] não tem nada a ver com a Fifa. Primeiro, a Fifa nunca pediu 12 estádios. O Brasil, baseado no tamanho do país, à época da presidência de Lula, decidiu junto com o comitê organizador que o país deveria ser dividido em quatro partes e que assim deveríamos basear a organização da Copa do Mundo", disse Valcke, em entrevista exclusiva para ESPN. 

A Copa do Mundo do Brasil será a primeira com 12 estádios, um desafio para o país e também para a entidade. 

"É verdade que quando você organiza um grande evento, você quer mostrar o melhor, com o melhor que você tem no país. E você certamente gasta mais dinheiro. E se você faz as coisas um pouco mais tarde, se você perde tempo, custará mais dinheiro. Mas o que eu quero dizer é que não é verdade e não é justo associar a Fifa aos problemas dos países", prosseguiu. 

Dentre os problemas, destaca-se a escolha das sedes do Mundial logo no início da organização do evento e outros como os protestos que aconteceram por todo o país e quee por ,pouco, não deram fim à Copa das Confederações, conforme publicou o Blog do Juca nesta quinta-feira. 

"Espero que o Brasil apoie a Copa do Mundo. Há um time que tem potencial para ganhar a Copa do Mundo pela primeira vez em sua casa. Eu espero que esse seja o principal apoio ao Brasil. O Brasil pediu para organizar a Copa do Mundo", amenizou o secretário.