Um grupo de 92 crianças de São Roque, localizada a cerca de 50 km de São Paulo, visitou os arredores do Itaquerão nesta manhã, um dia após a queda de uma peça metálica de mais de 500 toneladas que culminou na morte de dois operários da obra do estádio.

A excursão, feita pela escola Barão de Piratininga, preocupou os pais das crianças, já que os estragos causados pelo acidente ainda não foram totalmente analisados - a Defesa Civil está no local nesta quinta para verificação (trabalha com duas hipóteses: uma torção (quebra do guindaste) ou erro de procedimento na manobra).

"Os pais ficaram super preocupados, telefones tocando toda hora. Mas decidimos não cancelar, a visita já estava planejada há duas semanas. E para adolescente é tudo farra", disse Edna Rosa, professora de artes que acompanhou os alunos durante a excursão.

"Mas eles ficaram aborrecidos ao ver a estrutura", completou.

Larissa Andrade, uma da crianças da excursão, corroborou a impressão da professora. "Fiquei chateada pelo acidente, mas feliz de ver o estádio", disse a pequena torcedora do Corinthians.

O acidente matou dois funcionários da obra. O cearense Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, era casado e pai de três filhos. Era quem controlava o caminhão no momento do acidente. A outra vítima é Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, natural de Limeira, no interior de São Paulo. Ronaldo era casado e pai de uma única filha. O Ministério Público de São Paulo irá investigar o acidente.

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