De olho no cofre

Dilma cria grupo para tentar evitar preços altos de aviões e hotéis na Copa

Do UOL, em São Paulo

O governo federal criou um comitê para monitorar os preços de passagens aéreas, diárias em hotéis e refeições em restaurantes durante a Copa do Mundo, no ano que vem. O grupo também receberá denúncias sobre a qualidade dos serviços prestados a turistas. 

A promessa do governo é acompanhar os preços e não estabelecer um teto, segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que coordenará o grupo. "Não tabelaremos preços, mas nós não permitiremos abusos. Vamos utilizar todos os instrumentos à disposição do Estado para garantir a defesa dos direitos do consumidor, seja ele brasileiro, ou estrangeiro", afirmou a ministra, em nota.

Além da Casa Civil, devem compor o comitê os ministérios do Esporte, da Justiça e do Turismo, fora a SAC (Secretaria de Aviação Civil) - pastas já envolvidas com a organização da Copa do Mundo no Brasil. Os ministérios da Fazenda e da Saúde devem se juntar ao grupo.

O Ministério da Justiça informou que deverá colocar à disposição dos turistas os Procons das 12 cidades-sede do Mundial para saber onde ocorrem os abusos na cobrança por serviços. Situações que ferem as leis de livre concorrência podem ser levadas ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). 

"A experiência da Copa das Confederações e Rio+20 nos mostrou a necessidade de que nós criássemos esse acompanhamento ministerial e afirmássemos em alto e bom som: o governo não tolerará abusos nos serviços de qualquer natureza", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em coletiva à imprensa na tarde desta quinta.

A preocupação com o alto preço das passagens aéreas veio à tona depois que o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem mostrando que, durante os dias de jogos da Copa, as passagens são até dez vezes mais caras do que atualmente.

Na terça-feira, o presidente da Embratur, Flávio Dino, sugeriu à SAC que determinasse um teto para os preços dos tíquetes aéreos durante a Copa. O diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, porém, afirmou que isso não seria possível, pois impor um limite tarifário fere a legislação. 

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