De técnico novo, México tem missão quase impossível contra os EUA

Do UOL, em São Paulo

  • Edgar Garrido/Reuters

    Salcido, do México, lamenta chance perdida na partida contra Honduras, pelas eliminatórias da Copa

    Salcido, do México, lamenta chance perdida na partida contra Honduras, pelas eliminatórias da Copa

Antes do jogo da última sexta-feira (06/09), a situação do México nas eliminatórias da Concacaf já não era boa. Mas jogando em casa, no estádio Azteca, onde a seleção nacional havia perdido uma única vez em 77 jogos qualificatórios para a Copa do Mundo, uma derrota provavelmente não passava pela cabeça nem dos mais pessimistas. Ainda mais contra Honduras, até então atrás do próprio México na classificação.

O impensável, porém, aconteceu. Mesmo abrindo o placar logo aos cinco minutos de jogo, o México sofreu a virada no segundo tempo: 2 a 1. Com a derrota, estacionou nos oito pontos e teve roubada por Honduras, que chegou a dez, a terceira posição, que dá vaga direta para o Mundial. Nesta terça-feira, vai tentar se recuperar fora de casa contra o Estados Unidos, segundo colocado, com 13. A partida será realizada em Columbus, Ohio, no estádio do Columbus Crew, equipe da Major League Soccer (MLS).

A não ser pela tradição - o México vai a todas as Copas desde 1994 e é a quinta seleção com mais participações na história (14) - nada leva a crer em um bom desempenho em solo americano. Em sete jogos pelas eliminatórias, o time venceu apenas uma vez: a fraca Jamaica, fora de casa. Mas ainda não ganhou de ninguém jogando no México (foram três empates por 0 a 0 e a derrota para Honduras).

E os Estados Unidos devem ser um adversário bastante duro. Até a derrota na última rodada por 3 a 1 para a Costa Rica, líder com 14 pontos, os EUA vinham de uma sequência de 12 vitórias seguidas, incluindo neste período o título da Copa Ouro. A melhor notícia para os mexicanos é a ausência do meio campista Michael Bradley, o melhor jogador americano, que torceu o tornozelo na sexta-feira. Além de desfalcar os EUA, ele complicou a vida do técnico alemão Jurgen Klinsmman, que precisou improvisar contra a Costa Rica e não encontrou o ponto certo do time.

Para evitar o pior, a primeira providência da Federação Mexicana de Futebol (Femexfut) foi destituir o atual técnico do cargo, Jose Manuel de la Torre. Mais jovem técnico a ganhar o Campeonato Mexicano, aos 40 anos, em 2006, Torres estava no comando desde 2011, um ano após ter vencido mais uma vez o Campeonato Mexicano, com o Toluca. O bom início de carreira não se refletiu na seleção, onde Torres acumulou resultados negativos, como a eliminação ainda na primeira fase da Copa das Confederações e a eliminação para o Panamá na Copa Ouro.

Em seu lugar, assumiu interinamente o auxiliar técnico Luis Fernando Tena. Por enquanto, Tena não tem muito a fazer. "O time vai manter os mesmo princípios e fundamentos. Não podemos fazer grandes mudanças em três dias", disse à Reuters.

Para evitar a quarta posição, que obrigaria o time a enfrentar a Nova Zelândia na repescagem, o México precisará vencer os EUA e torcer contra Honduras. Vai ser preciso muita torcida. O time hondurenho enfrenta o fraco Panamá em casa, onde ainda não perdeu nestas eliminatórias.

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