Pepe lamenta morte de De Sordi: 'simples fora de campo, e duro dentro dele'

Giselle Hirata

Do UOL, em São Paulo

  • Folhapress

    25.ago.2013 - Nilton De Sordi ao lado de Mauro Ramos de Oliveira antes de jogo da seleção brasileira em 58

    25.ago.2013 - Nilton De Sordi ao lado de Mauro Ramos de Oliveira antes de jogo da seleção brasileira em 58

Ex-jogador do Santos, conhecido como o "Canhão da Vila", José Macia, o Pepe, lamentou a morte de Nilton De Sordi, que morreu neste sábado (25), aos 82 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

Questionado pelo UOL Esporte, Pepe ainda não sabia da morte de De Sordi, que foi seu companheiro de seleção na Copa de 1958. "Recebo essa notícia com muita tristeza. O futebol brasileiro acaba de perder uma parte importante de sua história", comentou.

Sempre reservado na vida pessoal, mas uma máquina dentro dos campos. Essa era a descrição do jogador pelos colegas. "O Nilton não era muito de conversa, gostava de ficar na dele. Ele levava o futebol muito a sério e costumava ser bastante competitivo. A gente chegou a se enfrentar algumas vezes, ele pelo São Paulo e eu pelo Santos. Ele era forte, troncudo e chegava junto na marcação. Então, a gente pensava duas vezes antes de dividir a bola com ele", lembra. 

"De Sordi foi um grande jogador. Tanto que foi campeão mundial e, no São Paulo, junto com o Mauro, formava a melhor zaga do futebol brasileiro. Acho que além de ser bom profissional, vai ficar na memória a pessoa humilde e simples que ele era fora de campo"

O ex-jogador, José Ely de Miranda, o Zito, também comentou a morte de De Sordi. "Só quem viu o Nilton jogar sabe como ele foi importante para o nosso futebol. Tanto na seleção, com a conquista da copa de 1958, quanto pelo São Paulo. Ele transmitia seriedade e confiança para os companheiros de time. É, realmente, uma grande perda."

Em seu blog, Juca Kfouri, deixou uma homenagem ao jogador:

"Durante quase uma década, mais exatamente a de 50, entre 1952 e 1959, a escalação do São Paulo começava por um trio que fez história, como os grandes trios da música popular:

Poy, De Sordi e Mauro.

Poy foi um senhor goleiro argentino que também fez história no São Paulo, morto em 1996, e Mauro Ramos de Oliveira, morto em 2002, um zagueiro como poucos, capitão da Seleção Brasileira que beijou e levantou a Copa Jules Rimet, no Mundial do Chile, em 1962.

De Sordi acaba de ir fazer companhia aos companheiros, ele que foi titular de cinco dos seis jogos na conquista da primeira Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, em 1958, na Suécia, substituído por Djalma Santos, recentemente falecido, na final.

De Sordi jogou no tricolor até 1965, em 536 jogos.

Poy, De Sordi e Mauro.

Quem ouviu o rádio anunciar o trio centenas de vezes, jamais o esquecerá.

Quem o viu jogar também — e ainda mais."

Morte de esportistas
Morte de esportistas

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos