Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas ocupam o centro de Belo Horizonte na noite desta quinta-feira. Por volta das 20h30 (de Brasília), parte deles subiu no parapeito da Câmara Municipal, onde o protesto aconteceu. Até o momento, nada foi danificado.

Já por volta das 21h20, a manifestação voltou a se concentrar na Praça Sete, que tem sido o principal ponto dos protestos na capital mineira. Os manifestantes prometem para o próximo sábado, durante o jogo entre Japão e México, uma grande manifestação no entorno do estádio.

Em um protesto dinâmico, que se altera a cada dia, o perfil desta quinta-feira, após o anúncio da queda das passagens no transporte público, tornou-se mais difuso. As manifestações foram, principalmente, contra a Copa do Mundo, corrupção, PEC 37 (que pretende limitar o poder do Ministério Público), órgãos da imprensa e sistemas de saúde e educação.

"A Copa é dos ricos e o pobre que se f... 1,2, 3 só tem playboys", é um dos cantos mais entoados na Praça Sete na noite desta quinta. Os manifestantes trazem muitos cartazes convidando a todos a não depredar. Outras dizem que há uma tentativa da imprensa em colocar as manifestações como violentas, mas segundo eles é uma minoria que não faz parte do movimento. 

O estudante Henrique Almeida, da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, explica que a presença não foi para depredar o patrimônio público, mas para mostrar a contrariedade à algumas politicas públicas que têm naquela casa a sua coordenação.

"A comissão de transportes da Câmara há anos permite que o governo deteriore nosso transporte, cada vez mais caro e com menos qualidade. Por isso vamos até lá", afirmou.

A Polícia Militar monitora de longe o protesto. Todas as ruas em volta da praça contam viaturas estacionadas a uma distância de 100 metros do foco, que até o momento desta reportagem seguia pacífica.