'Não haverá críticas se o Brasil ganhar a final', diz Valcke

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AFP PHOTO/VINCENZO PINTO

    Valcke não quis comentar a atuação da polícia brasileira nos conflitos com manifestantes

    Valcke não quis comentar a atuação da polícia brasileira nos conflitos com manifestantes

A grande aposta da Fifa para minimizar críticas ou protestos à Copa-2014 é o bom desempenho da seleção brasileira. Isso fica claro pela declaração do secretário-geral da entidade Jérôme Valcke. Para ele, um título do time brasileiro transformara automaticamente o Mundial em uma sucesso. Ele não quis comentar diretamente os protestos próximos a estádios da competição. 

"Temos que ter um país-sede fora na competição. Espero que não tenhamos críticas ao final da Copa. Tenho certeza de que não haverá críticas se o Brasil vencer a final. É impressionante como lembram da final de 1950. E como querem apagar aquela final", declarou o dirigente, durante palestra em seminário da Fifa e do Financial Times.

Em relação aos protestos, Valcke deixou claro que entede que não é um assunto da Fifa. E evitou comentar a atuação da polícia, que bateu em manifestantes perto do Maracanã e de Brasília.

"É um assunto que não tem nada a ver conosco. Tivemos a mesma situação na Turquia [onde será realizado o Mundial sub 20] O que podemos fazer? Organizamos o evento e esperamos que tudo se resolva. Não pedimos mais segurança. É o governo que vai tomar atitudes", explicou Valcke aos jornalistas. Ainda disse que cabe a polícia decidir como agir, sem participação da Fifa.

Ainda na palestra, ele repetiu discurso da Fifa que ressalta que foi o Brasil quem quis realizar a Copa-2014. E lembrou que a entidade recebe diversas propostas de países para sediar o Mundial. Nós não pedimos por nada. "Recebemos uma série de propostas. Recebemos propostas. Não pedimos mais no Brasil do que na África do Sul. Apenas a tecnologia. Nâo é nada alem do razoável. Quando é com Olimpíada, está ok. Quando a Fifa pede, está errado. Nós somos os caras maus", analisou, em tom de brincadeira.

Por mais de uma vez, o francês ainda fez piada com sua antiga declaração de que o Brasil deveria levar um chute no traseiro. Ressaltou que cometeu um erro diplomático e que não o repetiria. E lembrou que atualmente é boa a relação entre a Fifa e o governo federal.

Para o país-sede do Mundial, haverá ganhos com turismo e infraestrutura. Para Fifa, os lucros são crescentes, como ele mesmo demonstrou. "Gostaria de chegar que atingisse US$ 10 bilhões atingisse de receita para Copa 2022. Seria o que eu teria para falar para meus filhos."

Mas ele sabe que só estará no comando deste negócio se for mantida a estrutura atual da Fifa. Por isso, deixou clara sua posição de defender uma reeleição do presidente Joseph Blatter.

"Por que eu deveria ser presidente? Blatter deveria se candidar de novo. Blatter é muito bom presidente. Vocês viram o discurso dele hoje. Por que mudar um time que é vencedor? Mas vamos ver. 2015 é só daqui a dois anos", declarou, após ser questionado se queria se candidatar à presidência da Fifa.

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