Marin pede voto de confiança a presidentes e afirma que deixa CBF em 2015

Pedro Ivo Almeida e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Júlio César Guimarães/UOL

    Presidente da CBF, José Maria Marin, discursa durante anúncio da convocação da seleção

    Presidente da CBF, José Maria Marin, discursa durante anúncio da convocação da seleção

Pressionado por denúncias de envolvimento com a ditadura e suspeitas de corrupção, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, pediu um "voto de confiança" aos cartolas. Em assembleia geral da CBF realizada nesta terça-feira, Marin pediu para que todos os presidentes de federação o mantenham no cargo e antecipou que em 2015 deixa a presidência da entidade máxima do futebol nacional.

De acordo com o presidente da FBF (Federação Baiana de Futebol), Ednaldo Rodrigues, na reunião da tarde desta terça-feira, Marin citou a proximidade da Copa das Confederações e Copa do Mundo para pedir estabilidade. Afirmou que não há irregularidades em sua gestão e, depois de tudo isso, pediu que todos acreditem em sua palavra.

"O que o presidente Marin colocou é que estamos na véspera de uma Copa das Confederações. Então, ele pediu um voto de confiança de todos para que possa levar seu mandato até o final", afirmou Rodrigues. "Ele também deixou registrado que ele não será candidato a uma reeleição. Isso ficou bastante claro."

Marin tem mandato até 2015. Em 2014, antes da Copa do Mundo, a CBF deve realizar uma eleição para escolher seu novo presidente. O eleito, no entanto, só deve assumir o cargo depois da aprovação das contas da gestão atual, no início de 2015.

Um dos maiores aliados de Marin, Marco Polo Del Nero, é cotado para assumir a confederação. Del Nero é vice-presidente da CBF e presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol). Rodrigues, da FBF, no entanto, disse que Marin não adiantou sua candidatura.

Rodrigues ainda reforçou o discurso que Marin garantiu que o prédio da nova sede da entidade foi comprado com valores de mercado. Nesta terça-feira, uma reportagem da Folha de S.Paulo informou que a compra teria sido superfaturada.

"Marin colocou que houve uma pesquisa com três empresas idôneas antes de ter sido feita a compra, e as empresas garantiram que o preço estava compatível", afirmou ele, repetindo o que já havia sido dito por outros companheiros de Assembleia.

José Maria Marin, presidente da CBF
José Maria Marin, presidente da CBF


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