CBF divulga nota e diz que Marin sofre "campanha de difamação"

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução site CBF

    Site da CBF deu destaque para a nota defendendo Marin e criticando imprensa

    Site da CBF deu destaque para a nota defendendo Marin e criticando imprensa

O site da CBF divulgou uma nota nesta quarta-feira contestando acusações de que o presidente da entidade, José Maria Marin, teria defendido a prisão de Vladmir Herzog, assassinado na prisão, durante o regime militar. O filho de Vladmir Herzog, Ivo Herzog, lançou na internet um abaixo-assinado pedindo a saída de Marin da presidência da CBF por causa de sua relação com o governo militar. Marin chegou a ser governador de São Paulo durante a ditadura.

"Tomando como pretexto o aparte dado pelo então Deputado José Maria Marin, a discurso proferido pelo à época deputado Wadih Helu, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em 9 de outubro de 1975, ou seja, 38 anos atrás, desenvolve-se pela imprensa torpe campanha, visando a tentar desestabilizar a atuação do Sr. José Maria Marin à frente da Presidência da CBF", afirma a nota.

"Parece óbvio o intuito de constranger o Sr. José Maria Marin, conturbando as atividades do futebol brasileiro num momento de notória importância e delicadeza, quando se avizinha a realização, no Brasil, da Copa Mundial de 2014. Ao encarar-se uma campanha de difamação, baseada em mentiras e deturpação de fatos do passado, como essa que visa a atingir o Sr. José Maria Marin, não se pode deixar de recordar outra campanha, paradigmática, que levou à ruina a Escola Base de São Paulo e seus diretores, também fruto da má-fé e irresponsabilidade de pseudos-jornalistas que lá, tal como agora, com característico ânimo criminoso, empenharam-se na desmoralização de pessoas de bem, para satisfazer maus instintos, entretendo-se em atirar, em quem os mira de cima, a lama em que chafurdam esses delinquentes", completa a nota.

Duas semanas após as falas dos deputados, em que pediam providências sobre a denúncia de que Herzog era comunista, o jornalista foi encontrado morto na prisão, após ser torturado nas dependências da Operação Bandeirantes (OBAN), em São Paulo, por agentes do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).

Na última semana, Marin já havia se irritado ao ser questionado sobre o caso em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

O cartola fez um discurso efusivo para negar qualquer ligação com a morte de Herzog. Disse que isso é uma "calúnia, infâmia e mentira".
Afirmou, inclusive, que vai discutir o tema nos tribunais. "Isso vai ser discutido exclusivamente na Justiça, na Justiça e somente na Justiça", enfatizou.

José Maria Marin, presidente da CBF
José Maria Marin, presidente da CBF

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