A Fifa pediu esclarecimentos ao filho do seu vice Julio Grondona, Humberto Grondona, sobre o ingresso da Copa dele encontrado em revenda ilegal. Houve outra requisição para que a Match Hospitality explique a venda dos pacotes de hospitalidade para empresas que os revendiam na máfia dos cambistas. É uma reação da entidade que até agora não puniu ninguém pelos bilhetes irregulares. Ainda parece improvável qualquer tipo de punição.

"A Fifa pediu um esclarecimento por escrito para o filho do vice-presidente Julio Grondona", explicou a porta-voz da Fifa, Delia Fischer. A entidade já tinha perguntado ao filho do dirigente, informalmente, sobre o caso, e praticamente descartou uma pena para Humberto Grondona, que é instrutora da entidade.

Segundo a federação internacional, ele respondeu que não tinha vendido o bilhete, mas dado um deles para um amigo. Em entrevista anterior à TV Argentina, ele afirmara ter vendido. Apesar desse pedido de explicação formal, dificilmente o parente do dirigente será punido.

"À Match Hospitality foi requisitada que desse um relatório sobre os pacotes vendidos às empresas Atlantif, Jet Set e Panorame", disse Fischer, sobre as três empresas cujos ingressos foram apreendidos com a polícia na máfia de cambistas. A Match recebeu cerca de 440 mil ingressos da Copa para serem revendidos para agências e empresas, que os revendem para um público Vip.

Os bilhetes repassados a essas agências que os negociavam no mercado negro. A maioria dos ingressos encontrados na máfia dos cambistas era de hospitalidade.