Fifa quer analisar ingressos vendidos por quadrilha para identificar desvio
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Divulgação/Polícia Civil
Operação Jules Rimet apreendeu ingressos e dinheiro no Rio de Janeiro e São Paulo
Um dia depois de a Polícia Civil do Rio de Janeiro prender 11 pessoas suspeitas de integrar um esquema internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, a Fifa se pronunciou. Em nota oficial, o diretor de Marketing da entidade, Thierry Weil, informou que pretende analisar as informações colhidas por autoridades para identificar a origem dos bilhetes comercializados pela quadrilha.
"A Fifa está à espera de informações detalhadas por parte das autoridades locais, a fim de poder analisar os bilhetes apreendidos e identificar sua origem para que, em conjunto com as autoridades locais, possamos tomar as medidas adequadas", declarou.
Na terça-feira, o delegado Fábio Barucke, responsável pela operação que resultado nas 11 prisões, informou que os ingressos vendidos ilegalmente haviam sido reservados pela Fifa para patrocinadores, clientes de pacotes de hospitalidade e até membros de seleções participantes do Mundial. Segundo Barucke, dez bilhetes apreendidos estavam reservados para membros da comissão técnica da seleção brasileira.
O delegado disse suspeita que membros da quadrilha obtinham esses ingressos com pessoas da Fifa. A entidade não se pronunciou sobre essa suspeita. Informou que é sua prioridade proteger torcedores da venda ilegal de ingressos.
Veja a íntegra da nota assinada por Thierry Weil:
Para a FIFA sempre foi prioridade proteger os torcedores contra os riscos associados à venda ilegal de ingressos e garantir que as ações devidas sejam tomadas contra qualquer pessoa que viole os regulamentos de venda. É por isso que a FIFA tem constantemente solicitado aos fãs que comprem entradas apenas pelo FIFA.com, a única fonte legítima de ingressos. Desde 2009, mais de três anos antes do início das vendas, uma equipe especializada da FIFA e da MATCH Enforcement iniciou seus esforços na luta contra a venda não autorizada de bilhetes em estreita colaboração com as autoridades brasileiras, tanto em nível federal quanto regional.
A FIFA e a MATCH Enforcement têm constantemente fornecido informações às autoridades brasileiras com o objetivo de auxiliar na aplicação da legislação vigente e processar os que violam a lei. Ajuda o fato de o Brasil ter uma lei de longa data contra a atividade de cambistas. Entre outros, nos termos do artigo 41 do Estatuto do Torcedor, é crime vender ou fornecer um ingresso por uma quantia maior que o valor impresso no ingresso. As disposições em vigor no Brasil permitem que autoridades reprimam tais atividades e punam pessoas ou empresas de acordo. Combater o mal da venda não autorizada de ingressos requer um esforço conjunto. Como tal, a FIFA está muito satisfeita com os vários casos que foram concluídos com sucesso até o momento em estreita cooperação com as autoridades locais, antes e durante a Copa do Mundo da FIFA em curso.
Com relação à "Operação Jules Rimet", a FIFA está à espera de informações detalhadas por parte das autoridades locais, a fim de poder analisar os bilhetes apreendidos e identificar sua origem para que, em conjunto com as autoridades locais, possamos tomar as medidas adequadas.