Após eliminação, capitão da Suíça passa a noite em branco pensando em Messi

Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

Gökhan Inler, o capitão da Suíça, praticamente não dormiu após a derrota para a Argentina. Difícil mesmo quando se é eliminado sofrendo um gol a dois minutos do final da prorrogação. E um dos motivos da insônia foi a escapada de Messi, que resultou no gol de Di Maria. Inler, um dos marcadores do camisa 10 argentino por todo o jogo, não conseguiu alcançá-lo. E não sabe dizer se faria uma falta violenta, por trás, para impedir a progressão do argentino.

"Eu estava longe, um pouco longe demais, e não conseguiria brecar o Messi. Ele é genial e é muito rápido. A gente sabia o risco que corria. Mas, se eu tivesse chance de fazer a falta, não sei qual seria minha decisão. Levaria um vermelho, é lógico, e um jogador sempre se sente muito importante, sempre acha que vai fazer falta se estiver fora de campo. Não sei mesmo o que fazer, pena que não pude fazer nada", disse em italiano.

Inler joga no Napoli. Muito educado, respondeu às perguntas coletivas e depois atendeu individualmente repórteres de televisão. Respondeu em italiano, inglês e alemão. E pediu desculpas por não falar francês.

Em todas as línguas, as respostas refletiam desânimo, mas também a sensação de dever cumprido. "Começamos bem, virando sobre o Equador, e depois fracassamos contra a França. Então, nos reunimos, conversamos e conseguimos reagir. Fizemos um jogo de igual para igual contra um dos gigantes do futebol mundial. Sofremos um gol no último minuto da prorrogação e ainda soubemos reagir. Eles sentiram a pressão. Nossa cabeça está erguida, pode acreditar".

Inler repetiu várias vezes que a Suíça deixa a impressão de um time que sabe marcar e que aprendeu a atacar. E que todos lembrarão de Diego Benaglio, o goleiro que foi jogar na área da Argentina nos três minutos finais de jogo. "Foi muito bonito. Foi uma entrega muito grande, uma atitude de muita dedicação. Soubemos defender o futebol da Suíça e orgulhar o nosso país".

Agora, o trabalho é para 2018. "Estarei com 34 anos, mas acho possível disputar uma nova Copa. Tomara que seja tão boa como essa, em que as seleções menores mostraram que não temem as maiores. Lutaram sem nenhum preconceito, sempre acharam que era possível chegar. A Costa Rica chegou. Para nós, faltou pouco".

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