Média de gols não mantém ritmo, mas Brasil-14 tem melhor 1ª fase desde 1958

Danilo Lavieri e Danilo Valentini

Do UOL, em São Paulo

O caráter de mata-mata de alguns jogos da última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo teve reflexos na média de gols. As redes balançaram menos nas últimas 16 partidas. A primeira rodada teve média de 3,06 gols por jogo, a melhor desde o Mundial de 1958. Após a segunda rodada, a marca caiu para 2,93 gols por jogo. A tendência de queda se manteve, mas mesmo assim a artilharia pesada de 2014 coloca a Copa do Mundo do Brasil como a melhor primeira fase neste critério desde 1958, quando o torneio foi disputado na Suécia.

A média deste Copa ao fim dos três primeiros jogos de cada grupo é de 2,83 gols por jogo. Na de 1958, a média foi de 3,37. Na de 1962, quando o Brasil foi bicampeão, saíram 2,70 gols por partida na primeira fase. De lá para cá, a vez em que os torcedores mais gritaram gol em uma fase de grupos foi em 1982, com 2,77.

Outro número que mostra que os atacantes estão mais eficientes é o de chutes a gol. Apesar de ter mais gols, este Mundial tem menos tentativas: Em 2010, foram 28,3 tentativas de bater os goleiros por jogo. Em 2014, a média é de 25,8. O líder no quesito é Cristiano Ronaldo, com 23 chutes a gol em três partidas.

A Copa de 2014 é a que tem a menor média de cartões desde 1986, quando foram aplicados 2,8 cartões por jogo. Nesta temporada, o número é de 2,92, considerando os 48 encontros da primeira fase. O pico de punições foi atingido em 2006, na Alemanha, com 5,5 advertências a cada partida.

Por fim, em 2010, a média de passes foi de 353 a cada partida somando os dois times envolvidos. Nesta temporada, o número é de 384, ou seja, uma diferença que chega na casa dos 30.

Confira mais alguns números comparativos entre a Copa de 2014 e outras competições:

A COPA 2014 EM NÚMEROS
  • AP Photo/Victor R. Caivano
    OS DESTAQUES INDIVIDUAIS
    Os artilheiros são Neymar, Muller e Messi, com 4 gols. O garçom é Cuadrado, da Colômbia, com 3 assistências. C. Ronaldo é o que mais chuta, com 23 tentativas. Samaras é o que mais sofreu falta: 17. O iraniano Pooladi é o que mais desarmou: 20. Mascherano é líder em passe certo, com 278. Bradley, dos EUA, é o que mais correu, com 38 km. Já Aurier, da Costa do Marfim, é o mais rápido: 33,5 km/h. Foto: AP Photo/Victor R. Caivano
  • AFP PHOTO / VASILY MAXIMOV
    OS VEXAMES INDIVIDUAIS
    Gyan, de Gana, lidera o número de chutes errados: 11. Já Kerzhakov (foto), da Rússia, é o que mais erra passe, com 65% de erro. Nani é o que mais perdeu bolas, com 45. O iraniano Andranik Timotian é o mais violento, com 12 faltas cometidas. O inglês Rickie Lambert é o jogador de linhas que atingiu o menor pico de velocidade, com 16.9 km/h. Foto: AFP PHOTO / VASILY MAXIMOV
  • Clive Rose/Getty Images
    CAINDO, MAS AINDA LÁ EM CIMA
    Foram 49 gols na primeira rodada, 45, na segunda, 42, na terceira. Apesar da queda com o passar dos jogos, a média da 1ª fase é a melhor desde 1958. São 2,83 gols a cada jogo. Em 62, eram 2,70. Na Copa de 58, o número era de 3,37. As copas de 1954 e 1950 também foram superiores, com 5,11 e 3,56, respectivamente. Os números só consideram a fase de grupos. Foto: Clive Rose/Getty Images
  • AFP PHOTO/ MARTIN BUREAU
    PÚBLICO FAZENDO BONITO
    Os estádios também entraram para a parte boa das estatísticas no Brasil. A média até agora é de pouco mais de 51 mil torcedores por partida. Em 2010, a média foi de 49.670. A Copa nos Estados Unidos, no entanto, está bem à frente do que acontece nesta temporada. A média em 1994 foi de 68.991 pessoas em cada estádio. Foto: AFP PHOTO/ MARTIN BUREAU
  • AFP PHOTO / EMMANUEL DUNAND
    GOLS BEM DISTRIBUÍDOS
    Os gols também são bem distribuídos entre todas as 48 partidas. Prova disso é que nenhum dos jogos entra na lista das dez maiores goleadas da história da competição. Para alcançar o feito, seria necessário um 7 a 0, como aconteceu em 1954, em duas ocasiões, e em 1974. O jogo com maior diferença de gols foi entre Holanda e Espanha, no 5 a 1 para os holandeses. Foto: AFP PHOTO / EMMANUEL DUNAND
  • AP Photo/Victor R. Caivano
    BOLA MAIS TRABALHADA
    Talvez um dos resultados pela alta média de gols é que os jogadores trabalham mais a bola antes de finalizar. Em 2010, a média de passes foi de 353 a cada partida somando os dois times envolvidos. Nesta temporada, o número é de 384, ou seja, uma diferença que chega na casa dos 30. E sabe quem é o time que mais passe completou? Javier Mascherano, com 278. Entre as seleções, a Alemanha é líder. Foto: AP Photo/Victor R. Caivano
  • EFE/EPA/Marius Becker
    PÉ NA FORMA!
    Apesar de já ter uma das melhores médias de gol da história, a Copa no Brasil não tem uma média de chutes superior à da África do Sul. O que mostra que os atacantes estão mais eficientes. Não é necessário chutar tanto para balançar as redes. Em 2010, foram 28.3 tentativas de bater os goleiros por jogo. Em 2014, a média é de 25.8. O líder no quesito é Cristiano Ronaldo, com 23 em três partidas. Foto: EFE/EPA/Marius Becker
  • REUTERS/Paulo Whitaker
    COPA COM FAIR PLAY
    A Copa de 2014 é a que tem a menor média de cartões desde 1986, quando eram aplicados 2,8 cartões por jogo. Nesta temporada, o número é de 2,92, considerando os 48 encontros da primeira fase. O pico de punições foi atingido em 2006, com 5,5 advertências a cada partida. Vale destacar que ainda restam as partidas de maior tensão no mata-mata e o número pode aumentar. Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
Fonte: FIFA

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