Mistério para torcedor, ranking da Fifa faz sentido na Copa do Mundo

Do UOL, em São Paulo

A Fifa pode "se gabar" de ter acertado quase na totalidade quem faria um bom papel na primeira fase da Copa do Mundo. Em 2013, a entidade determinou que o ranking de outubro iria definir os cabeças de chave para o Mundial. Assim, Brasil (país-sede), Espanha (1º), Alemanha (2º), Argentina (3º), Colômbia (4º), Bélgica (5º), Uruguai (6º) e Suíça (7º) ocuparam as posições de honra na competição.

A ausência de seleções tradicionais, como Itália, Inglaterra e França foi bastante questionada. Em seus lugares, entraram equipes como Colômbia, Bélgica e Suíça, que tinham mais pontos na lista. O critério da Fifa para elencar as seleções foi criticado pelos torcedores, mas na Copa mostrou que faz sentido.

O ranking de seleções da Fifa é calculado por uma fórmula que considera os resultados das equipes nos últimos quatro anos, com peso maior para compromissos mais recentes e competições.

Entre todos os cabeças de chave, apenas a atual campeã Espanha decepcionou e foi eliminada ainda na primeira fase. A equipe, que encantou o mundo nos últimos seis anos, foi derrotada duas vezes, para Holanda e Chile, e conseguiu apenas uma vitória na melancólica despedida do Brasil, ao superar a Austrália por 3 a 0.

O Brasil, 11º no ranking de outubro, foi o principal cabeça de chave do torneio por sediar a competição. Apesar de alguns momentos de preocupação, a seleção comandada por Felipão confirmou o favoritismo no grupo com Croácia, México e Camarões, passando na liderança.

Em outubro, a Alemanha ocupava a segunda posição na lista da Fifa e na Copa comprovou que é uma dos favoritas ao título. O time avançou com certa facilidade em um grupo que tinha também EUA, Portugal e Gana. Caso semelhante ao da Argentina. Os hermanos, mesmo sem apresentar um futebol de encher os olhos, mas liderados por Messi, avançaram com 100% de aproveitamento.

A Colômbia, uma das cabeças de chave mais questionadas, virou uma das sensações da Copa. Mesmo sem o principal astro, o atacante Falcao García, os sul-americanos mostraram um bom futebol e venceram todas as partidas da fase de grupo, contra Grécia, Costa do Marfim e Japão.

Outra seleção que causava expectativa, mas não era bem vista para ocupar a posição de honra no grupo, é a Bélgica. Muito se falou da geração de jogadores que poderia encantar os torcedores nos gramados brasileiros. Até agora, o futebol apresentado não foi bonito, mas bastante eficiente. Os belgas também ficaram com 100% de aproveitamento em uma chave que tinha Argélia, Rússia e Coreia do Sul.

Por sua vez, o Uruguai, sexto no ranking de outubro, veio ao Brasil depois de uma campanha não muito boa nas eliminatórias, mas reforçada pelo título da Copa América em 2011 e a quarta posição na Copa de 2010. Depois de uma estreia bem abaixo do esperado, os uruguaios se recuperaram sob o comando de Luis Suárez e deixaram Itália e Inglaterra para trás, ficando na segunda posição do grupo D, atrás apenas da sensação Costa Rica. O problema agora é que Suárez foi punido após morder o italiano Chiellini e está fora do restante da Copa do Mundo, desfalcando a celeste.

A Suíça foi a última cabeça de chave e uma das mais questionadas. A seleção, famosa pelo seu forte jogo defensivo, mostrou uma nova arma no Brasil, marcando sete gols na primeira fase. Os europeus conseguiram se classificar na segunda posição em um grupo com França, Equador e Honduras.

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