Brasil x Chile é pela Copa do Mundo, mas poderia ser pela Libertadores

Gustavo Franceschini e Ricardo Perrone

Do UOL, em Belo Horizonte

  • AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON

    Torcedores do Chile no Itaquerão; festa no país ajuda a criar o clima de Libertadores para as oitavas

    Torcedores do Chile no Itaquerão; festa no país ajuda a criar o clima de Libertadores para as oitavas

O jogo é de Copa do Mundo, mas Brasil e Chile, pelas oitavas-de-final da Copa, tem cara de Libertadores da América. Confira abaixo cinco ingredientes que deixam a partida deste sábado, em Belo Horizonte, com o jeitão do tradicional torneio sul-americano interclubes.

Pressão sobre arbitragem
Os chilenos afirmam que foram prejudicados pelo árbitro na derrota de 2 a 0 para a Holanda na primeira fase. Por meio da federação local, pedem um juiz com "experiência e categoria" contra o Brasil. Jogadores como Valdivia dizem esperar que a arbitragem não interfira no resultado. Pressionar juízes é uma das práticas tracionais de clubes participantes da Libertadores. Constantemente, clubes envolvem suas federações na briga.

Espionagem
Na Libertadores, é comum o clima de guerra entre o clube e a imprensa do país de seu adversário. Esse ambiente bélico foi lembrado nesta quinta, quando a seleção do Chile interrompeu seu treino, fechado para os jornalistas, por causa de um helicóptero da Rede Globo que registrava imagens do trabalho na Toca da Raposa. Os chilenos cogitaram até cancelar a entrevista coletiva marcada para depois do treinamento, mas mantiveram a programação.

Torcida hostil
Impossível não lembrar de cenas de violência nas arquibancadas na Libertadores ao ver imagens de chilenos invadindo o centro de imprensa do Maracanã. A preocupação da polícia com seguidores do Chile sem ingressos se assemelha ao que acontece nas finais de Libertadores. O grande número de fãs do Chile no Brasil aumenta a rivalidade entre as torcidas. Tanto que ao fim do jogo com Camarões brasileiros cantaram "Chile, pode esperar, sua hora vai chegar".

Especialistas
O duelo pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo reúne treinadores que fizeram campanhas marcantes na Libertadores, torneio em que demonstraram dominar uma série de artimanhas. Luiz Felipe Scolari foi campeão continental com Grêmio, em 1995, e Palmeiras, em 1999. Já o argentino Jorge Sampaoli chegou a uma semifinal com a Universidad de Chile, em 2012. A campanha o ajudou a chegar à seleção chilena.

Cidade de sul-americanos
Palco do confronto entre Brasil e Chile, Belo Horizonte se acostumou durante a Copa do Mundo a conviver com músicas semelhantes às entoadas no torneio continental pelos torcedores. A capital mineira foi o local escolhido por Argentina e Chile como base no Mundial. A cidade não escapou ilesa. Virou cenário de brigas entre argentinos, que invadiram o município, e brasileiros.

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