Se quiser chegar ao hexacampeonato mundial, o Brasil precisa antes passar por uma espécie de mini Copa América. Chile, nas oitavas de final, e o vencedor de Uruguai e Colômbia, nas quartas, são os futuros rivais da seleção na Copa do Mundo. Felipão jura que é o caminho mais difícil, e os números da seleção no ciclo pré-Copa, de 2010 a 2014, comprovam o que diz o treinador.

Nos últimos quatro anos, o Brasil jogou 15 partidas contra seleções sul-americanas e teve o pior desempenho em comparação aos confrontos com equipes de outros continentes. Foram seis vitórias, seis empates e três derrotas (todas para a Argentina). Esse retrospecto dá ao time de Felipão um aproveitamento de 53% contra rivais da América do Sul.

"Se eu pudesse, escolheria outra seleção (ao invés do Chile). É mais difícil por se tratar de uma equipe sul-americana, que tem catimba, qualidade, organização", afirmou Luiz Felipe Scolari, após a vitória contra Camarões, na última segunda-feira.

O fraco desempenho contra os sul-americanos é uma herança da era Mano Menezes, principalmente da campanha do time na Copa América. Na ocasião, a seleção empatou três jogos, venceu apenas um e caiu logo nas quartas de final.

Por outro lado, contra o rival do próximo sábado, o Brasil não perdeu nenhuma partida nos últimos quatro anos. Empatou e venceu o Chile em dois jogos em 2013, já com Felipão como técnico. Se passar para as quartas de final, enfrentará Uruguai, que derrotou na Copa das Confederações, ou Colômbia, que empatou em amistoso disputado em 2012, quando Mano Menezes ainda era o treinador.

Sem disputar as eliminatórias da Copa do Mundo, por ser o país sede do evento, o Brasil fez menos jogos contra os vizinhos do que o habitual. Nos últimos quatro anos, a seleção jogou mais contra europeus do que com sul-americanos. Foram 19 jogos frente a equipes da Europa, incluindo amistosos, partidas da Copa das Confederações e do Mundial, com aproveitamento de 65%.