Prostitutas buscam gringos no Mané Garrincha e cobram R$ 5 mil por programa
Luiza Oliveira
Do UOL, em Brasilia (DF)
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Jarbas Oliveira/Folhapress
Depois de Fortaleza e BH, Brasília também chamou a atenção pela presença de prostitutas
A seleção brasileira conquistou sua vitória mais expressiva na Copa do Mundo ao golear a seleção de Camarões por 4 a 1 e se classificar em primeiro lugar no grupo A. Mas nem todo mundo foi ao Mané Garrincha, em Brasília, apenas para torcer. No fim do jogo, prostitutas tentaram tirar proveito do triunfo para garantir a noite.
Um grupo de cinco garotas de programas não estava preocupado com o que estava acontecendo em campo e tampouco tinha ingressos para a partida. Elas passaram quase todo o jogo no entorno do Mané Garrincha observando o movimento e à espera de clientes, de preferência estrangeiros.
Com roupas extravagantes, a maioria vestindo saias curtas e tops ou uma calça legging e apenas um sutiã, elas exibiam os corpos quase nus para quem passasse na porta do estádio. Mas como o movimento era pequeno do lado de fora na hora do jogo, quase não foram abordadas.
Uma dela, que se identificou apenas como Márcia, aceitou conversar com o UOL Esporte. De saltos altíssimo, uma legging e um sutiã que deixava a barriga e os seios turbinados com silcone à mostra, ela disse que sua intenção era fisgar os gringos porque eram mais educados e tinham poder aquisitivo maior. "Eu cobro R$ 5 mil reais para eles. Por menos, é muito aborrecimento", disse.
Márcia conta que é natural de Barreiras, na Bahia, mas se mudou para Bilbao na Espanha há pouco mais de um ano para trabalhar. Lá fez seu pé de meia como garota de programa. "Se eu falar que me mudei para a Europa para lavar prato é mentira. Eu faço isso lá mesmo", conta.
A mulher de 31 anos afirma que voltou ao Brasil apenas para o período de Copa do Mundo e que gostaria de unir trabalho e diversão. Tanto que ao deixar o Mané Garrincha após o jogo, sem conseguir o programa, ela e as colegas foram para a Fan Fest, em Taguatinga, tentar ter mais sucesso na noite.
Márcia só lamentou não ter acesso aos jogadores. "Com essas pessoas a gente não consegue. Esse pessoal já tem esquema com modelos. Já mandam chamar as modelos de fora. Quem fica na rua não tem entrada, não", disse.