Felipão diz que Chile é o mais difícil, mas vê Brasil perto do nível ideal
Do UOL, em São Paulo
Luiz Felipe Scolari voltou a elogiar a seleção do Chile, próximo adversário do Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo. Em entrevista coletiva após a vitória por 4 a 1 contra Camarões, o treinador afirmou que os chilenos são os rivais mais difíceis do grupo B.
Os brasileiros vão enfrentar o Chile no próximo sábado, às 13h, no Estádio no Mineirão.
"Nós classificamos, tenho que pensar na minha equipe, ver se tem condição de melhorar, ver se tem condição de vitória no mata-mata, porque eu via a dificuldade do Brasil e as qualidades do Chile. As pessoas achavam que o Chile seria descartado e não é. Tem muita qualidade. Vamos conversar e tentar ganhar no sábado e passar outra etapa. Eu escolheria outra seleção, porque o Chile é o mais difícil, por se tratar de sul-americana. Eles vão fazer catimba e usar a qualidade que têm", afirmou o treinador.
Apesar da preocupação com a seleção sul-americana, Felipão fez questão de elogiar o crescimento do desempenho de sua equipe após três jogos na Copa do Mundo.
"Iniciamos um pouco inferior e fomos melhorando e equilibrando. Não tivemos lesões e dificuldades. Fomos acrescentando todos os dias e chegamos à classificação. Foi difícil. O Camarões, hoje, poderia jogar a classificação. Não é possível que um time que jogou como hoje tenha três derrotas. Mas nós estamos em um nível quase ideal e chegamos no mata-mata".
"Espírito da Copa das Confederações"
Se Felipão considera o Brasil perto do nível ideal, os jogadores da seleção afirmam que o time está mais próximo da atuação da época da Copa das Confederações, em julho passado.
"O diferencial hoje não foi o resultado, foi a maneira que jogamos, retomando o espírito da Copa das Confederações e dos amistosos. Deixamos a desejar nos dois primeiros jogos e conseguimos retomar isso. A atitude mudou e conseguimos um bom resultado", comentou Fernandinho.
Para Júlio César, o Brasil "reencontrou o espírito" do título do ano passado e isso ficou claro pela forte marcação feita pelos jogadores e também pela vontade dos atletas. "Foi uma coisa que combinamos antes da partida e acabou sendo ideal para retomar o que foi demonstrado na Copa das Confederações", disse o goleiro.
"O Brasil venceu e convenceu, como fazíamos na Copa das Confederações. Tínhamos que marcar forte; quanto mais bolas roubamos na frente, mais chances de fazer os gols", completou Oscar.