Calor em Cuiabá? Torcedores de Bósnia e Nigéria têm opiniões opostas

Guilherme Costa

Do UOL, em Cuiabá

  • AP Photo/Sunday Alamba

O termômetro do celular marcava 32ºC em Cuiabá às 17h30 (de Brasília), uma hora e meia antes do pontapé inicial de Bósnia x Nigéria na Arena Pantanal. Com copos de caipirinha nas mãos, os nigerianos Winston Osuchukwa e Sanjeen Bhatia pareciam nem se importar. "Calor? Para nós, parece que estamos em casa", disse o primeiro. A julgar pelas reações dos torcedores no entorno do estádio, os africanos serão realmente mandantes neste sábado. Os europeus, protegidos com chapéus, suavam a ponto de entregar o quanto o clima pode ser um fator decisivo no duelo válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo.

"Fiquei sabendo que o inverno começou hoje [sábado] aqui em Cuiabá. Nosso inverno tem temperaturas de -20ºC! A cidade é boa, mas muito quente", avaliou Adis Burazerovic, que chegou da Bósnia no dia 13 de junho e esteve no Rio de Janeiro até a última sexta-feira, quando embarcou para a cidade mato-grossense.

A opinião de Burazerovic foi repetida por praticamente todos os torcedores da Bósnia que circulavam nas imediações da Arena Pantanal antes do jogo deste sábado. Um grupo grande chegou com faixas, fogos e papéis picados. Apesar da festa, os turistas admitiram preocupação com o clima.

"Cheguei a Cuiabá há três dias, e no começo achei que a cidade estava um pouco vazia. Agora chegou mais gente, e o clima mudou. Mas o que mais chamou atenção aqui foi o calor. É mais quente do que no Rio [de Janeiro]", comparou Armin Razamica.

A poucos metros da festa de torcedores bósnios, dois finlandeses também tentavam lidar com o calor de Cuiabá. "Saímos do nosso país com 15ºC, mas lá estamos no meio do verão. Aqui, mesmo no inverno, é muito quente", disse Jouni Tuutti.

Jouni e o filho Totti escolheram Cuiabá por ser um lugar exótico e pela facilidade para comprar ingressos. "É a nossa primeira vez aqui no Brasil. Estamos aqui há duas semanas, e até aqui temos achado que é um bom lugar", contou Totti.

Enquanto os europeus sofriam para conter o suor no rosto e falavam sobre o calor intenso, Osuchukwa e Bhatia seguiram desfrutando a caipirinha do outro lado da rua. "Estou no Brasil há duas semanas, em Cuiabá há dois dias. Pela comida, pelas pessoas e pelas mulheres, o Brasil é sempre um lugar perfeito", opinou Osuchukwa.

Questionados sobre o que tinham encontrado de ruim no país, os dois riram. "Isso eu só vou poder contar quando achar. Até aqui, não consegui nada", comentou Bhatia. "E nem do calor dá para falar. Não está quente. Está um clima perfeito para tomar caipirinha", completou Osuchukwa antes de tomar mais um gole.

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