Cônsul defende chilenos invasores: 'são fanáticos, não delinquentes'

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

Oito horas após serem detidos por invadir o Maracanã antes de Espanha x Chile, os 85 torcedores chilenos foram liberados. Saíram em três ônibus da Cidade da Polícia do Rio de Janeiro direto para o Consulado do Chile na capital fluminense. Lá, ouviram do cônsul geral Samuel Ossa que têm 72 horas para deixar o Brasil. Foram embora caminhando e catando.

Após falar com os torcedores, Ossa também falou com dezenas de jornalistas que acompanhavam o caso dos desde o fim da tarde. Em entrevista em frente ao consulado, Ossa defendeu os torcedores. "Não são delinquentes. São só fanáticos que cometeram um ato impensado", disse o cônsul.

Ossa ratificou que todo torcedor detido é responsável pela sua retirada do Brasil. Caso eles não obedeçam ao prazo, estão sujeitos a sanções cabíveis na lei brasileira. O cônsul não quis falar sobre o que poderia acontecer caso os chilenos desrespeitem o prazo.

Ao sair dos ônibus que os trouxe ao consulado, torcedores chilenos demonstravam despreocupação. Alguns entoavam cânticos, observados por compatriotas que também vieram ao Brasil por causa da Copa do Mundo.

"Somos mais famosos que os mineiros [que ficaram presos numa mina por dois meses]. Invadimos o Maracanã", disse Felipe Diaz, de 31 anos.

De cara exposta para jornalista, Felipe disse que não tem vergonha do que fez. Só aproveitou uma oportunidade única para ver um jogo da Copa. "Queriam demais por um ingresso", justificou.

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