NY Times cita Fred e ataca: "EUA vão mal porque não sabem trapacear"

Do UOL, em São Paulo

Os Estados Unidos ainda nem estrearam na Copa do Mundo, mas o principal jornal do país já encontrou uma explicação polêmica para justificar uma possível eliminação precoce de sua seleção. O The New York Times publicou reportagem nesta segunda-feira condenando a tentativa de jogadores enganarem a arbitragem e afirmou que os norte-americanos se dão mal no futebol por não saberem simular faltas como os rivais.

"Onde a desonestidade é a melhor política, o futebol dos Estados Unidos cai rápido", é o título da reportagem do periódico norte-americano.

O jornal cita o pênalti sofrido pelo atacante Fred na vitória sobre a Croácia por 3 a 1. Para o periódico, a "queda teatral do atacante ajudou o Brasil a vencer na estreia da Copa do Mundo".

"Frederico Chaves Guedes, um atacante brasileiro conhecido como Fred, foi controlar a bola dentro da grande área. Ele sentiu a mão de um defensor croata em seu ombro. Então, atirou-se no chão como se tivesse sido puxado por uma corda como um marionete, jogando os braços para o ar e gritando histericamente", condenou a publicação.

O jornal traz ainda uma série de declarações de membros da comissão técnica dos Estados Unidos e de ex-jogadores da seleção norte-americana condenando a prática da simulação e afirmando que o país não tem a cultura de trapacear. A publicação, porém, levanta a necessidade da seleção local se adaptar a este tipo de situação do futebol para ter êxito durante a Copa do Mundo.

"Essa ideia, no entanto, contraria a ética idealizada nos esportes americanos. Atletas americanos são tipicamente honestos em campo, sem dúvida influenciados por anos de ensinamentos para ser forte, resistir ao contato [físico] e finalizar a jogada. A tendência dos jogadores americanos é evitar se jogar", trouxe o artigo.

"Os melhores atacantes do mundo, incluindo Cristiano Ronaldo e Luis Suárez, caem regularmente no chão, especialmente se sentem que vão perder a posse de bola. E por que não? Se funciona, conseguem uma falta. Se não acontecer, iriam perder a bola de qualquer maneira", concluiu a reportagem.

Repercussão internacional da vitória do Brasil

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