A Polícia Militar de Minas Gerais prendeu dez pessoas mascaradas e portando punhal, coquetéis molotov e soco inglês no centro de Belo Horizonte, neste sábado (14). Os manifestantes ocuparam a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, e depois foram à Praça da Estação, também na região central. Por volta das 17h, eles se dispersaram e o ato foi encerrado.

Os manifestantes chegaram à Praça da Estação por volta das 16h30, sempre acompanhados de perto pela Polícia Militar. Eles colocaram uma bandeira no asfalto e bloquearam a avenida dos Andradas sentido Pampulha.

Foram cerca de 200 manifestantes e pelo menos 1.200 policiais militares. Quando o protesto ocorria na Praça Sete, o trânsito nos arredores foi totalmente fechado. Mesmo quem não planejava participar do protesto era orientado a dar a volta para alcançar o lado oposto da praça.

Durante a revista, a Polícia Militar perguntava aos manifestantes a qual movimento eles pertenciam e o que estavam fazendo lá, o que revoltou os movimentos que estavam presentes no local. Não houve registro de confronto entre policiais e manifestantes.

Pouco antes das 14h, houve um princípio de tumulto entre os próprios manifestantes após Gabriel da Fonseca ter sido detido. A polícia disse que encontrou uma luva pra manuseio de granada, canivete, garrafa de álcool e isqueiros em sua mochila. Ele admitiu não ser fumante e foi encaminhado à Delegacia Seccional Noroeste, onde são registradas as infrações ligadas à manifestações, com os outros detidos.

A estudante de direito, Bárbara César, de 22 anos, estava na Praça Sete participando da manifestação com dois amigos. O grupo saiu por volta das 14h30 para comer e, depois, não conseguiu voltar. "A praça está cercada. Dez minutos tentando e não consigo voltar. Falei com um sargento, que nos mandou descer. Quando desci, me disseram que se eu saísse não entrava mais", falou ao UOL Esporte.