Seleção entra para galeria de agrados a anfitriões pela arbitragem

Fernando Duarte

Do UOL, em São Paulo

O polêmico pênalti que em muito ajudou a seleção brasileira na partida contra a Croácia reacendeu a polêmica em relação à influência que times anfitriões exercem sobre as decisões da arbitragem. O assunto nos últimos anos mereceu uma série de estudos, inclusive uma minuciosa análise estatística de partidas da Liga Italiana em que ficou comprovado que equipes caseiras em média marcam 0.45 gol a mais por jogo que visitantes – o estudo, no entanto, leva em conta fatores que passam até pelo barulho da torcida.

Mas, na Copa do Mundo, a visibilidade de decisões favoráveis é maior. E o "puxão" em Fred se junta a outros casos famosos.

Anfitriões que receberam ajudas das arbitragens
  • Rattin "vê vermelho" na Inglaterra
    Aos 35 do 1º tempo de um jogo intenso entre a anfitriã Inglaterra e a Argentina pela Copa-1966, o árbitro alemão Rudolf Kreitlein expulsou o capitão argentino Rattin, alegando ter sido ofendido por ele. O argentino, que não falava nada de inglês ou alemão, se recusou a sair de campo e provocou confusão, pedindo um intérprete para tentar convencer o árbitro, sem sucesso. Vitória inglesa por 1 a 0
  • Equatoriano vira inimigo número 1 da Itália
    A 2 minutos do fim das oitavas com a Coreia do Sul, uma das "donas da casa" da Copa-2002, a Itália sofre o empate e o jogo vai para a prorrogação, onde o árbitro Byron Moreno vê simulação num lance aparentemente normal com Totti, que acaba expulso, para desespero do técnico Giovanni Trappatoni. A 4 minutos do fim, Jung-Hwan faz o gol de ouro e Moreno passa a receber ameaças de morte de italianos
  • Espanha é garfada em Gwangju
    Quatro dias depois de derrubar a Itália, os sul-coreanos conseguiram se valer ainda mais de erros da arbitragem para derrotar a Espanha. Dois gols legítimos anulados - incluindo um na prorrogação - enfureceram a equipe europeia o suficiente para que o jogo se arrastasse para o pênaltis e uma vitória 'da casa' por 5 a 3.
  • "Tabela" com policial contribui para vitória uruguaia
    O árbitro brasileiro Gilberto de Almeida Rego fez história na Copa-1930. Apitando a semifinal Uruguai x Iugoslávia, ele validou uma tabela envolvendo um policial: o 3º dos seis gols marcados pela Celeste veio após a bola sair pela lateral e ser chutada de volta por um guarda à beira do gramado, lançando contra-ataque dos anfitriões. Rego ainda anulou gol iugoslavo quando o Uruguai vencia por 2 a 1

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos