Caderno evita caos em venda de ingresso em SP; bebê 'paga' bilhete
Bruno Thadeu
Do UOL, em São Paulo
Uma torcedora munida de caderno e caneta evitou que a confusão na entrada do Ibirapuera, na manhã desta quarta-feira, se transformasse em um caos generalizado. Ela cadastrou as 150 primeiras pessoas que chegaram aos guichês. Quando o portão se abriu, dezenas de pessoas ignoraram fila e se misturaram aos que já estavam desde a madrugada.
O cadastro informal foi salvador. Em meio à dificuldade de separar quem furou de quem chegou com antecedência, a Polícia Militar pegou o caderno e chamou nome por nome os torcedores que estavam marcados. Muitos deles já tinham ficado para trás em meio ao tumulto.
"Ainda bem que uma pessoa teve a brilhante ideia de fazer o cadastro. A polícia soube reconhecer a atitude e deu atenção a quem estava desde madrugada. Eu cheguei no início da madrugada e um monte de furão apareceu. Agradeço a quem fez", comentou Pablo Valério, que estava na lista.
A confusão foi controlada minutos após a abertura do portão do Ibirapuera. A PM formou duas filas no acesso aos guichês. Um espaço foi reservado aos listados no caderno, que tinham preferência. Uma fila ao lado reunia os demais torcedores.
"Trouxemos cadeiras e edredon justamente para termos a garantia de que seríamos atendidos. Quase isso foi perdido. Agora vamos ver se terá ingresso", complementou Rogério Barros, já conformado em comprar bilhetes para partidas em Cuiabá após o encerramento da comercialização para São Paulo e Rio.
Torcedores de várias nacionalidades acreditavam na remota possibilidade de conseguir bilhetes para o Mundial. A venezuelana Irene Eitz ficou surpresa ao ser informada de que seu filho André, de apenas 2 meses, teria de pagar valor inteiro para jogo entre Argentina x Irã, que será em Belo Horizonte.
"Somente depois que eu comprei os ingressos para mim e meu marido é que disseram que meu filho não poderia entrar sem ingresso. Meu filho tem dois meses. Vou comprar mais um", a mãe do pequeno André.