Um grupo de menos de 50 manifestantes decidiu protestar em frente ao hotel em que a seleção está hospedada, em Goiânia, e acordou a delegação brasileira na manhã desta terça-feira. Houve um princípio de confusão e um detido pela polícia, mas que logo foi solto.

Eles faziam bastante barulho e exibiam cartazes criticando a Fifa e a Copa do Mundo. "Na Copa vai ter luta", "Fifa, vá para casa" e "Copa para quem?" eram as frases mais estampadas nas faixas.

Em dado momento, a polícia não permitiu mais que os manifestantes ficassem na calçada do hotel, e pedir para que o protesto se dirigisse para o outro lado da rua. A ordem não foi muito bem recebida, mas no fim acabou acontecendo.

A ação foi organizada pelo Sindicato dos Técnicos Administrativos das Universidades Federais, que está em greve há 75 dias, com o apoio do outros movimentos sociais.

"Nós questionamos a inversão de prioridades. O Governo tem R$ 40 bilhões para investir em um evento privado, enquanto as cidades estão abandonadas e temos problemas de saúde e educação em todas elas", disse Fernando Leite, membro do comando de greve.

Enquanto isso, do outro lado da rua, a TV Globo fazia uma reportagem com uma mini-fanfarra de LBV (Legião da Boa Vontade), que fazia festa para a seleção.

Os jogadores estão em Goiânia para o amistoso contra o Panamá, às 16h, no Serra Dourada. O jogo servirá como preparação para a Copa do Mundo, que começa no próximo dia 12. O Brasil fará a estreia contra a Croácia, no Itaquerão, em São Paulo.