A Fifa e a Hyundai, montadora que é uma das seis principais patrocinadoras da entidade, fizeram cerimônia nesta terça-feira, no Itaquerão, para apresentar a frota de carros que será usada na Copa do Mundo de 2014. O evento contou com membros da cúpula da empresa, como o presidente da operação nacional e dirigentes da matriz, mas nada chamou mais atenção do que uma ausência. Apesar de ter sido anunciada e de ter uma placa com o nome dela na mesa de quem concederia entrevista coletiva, Joana Havelange, filha de Ricardo Teixeira e diretora-executiva do COL (Comitê Organizador Local), culpou o atraso do evento e simplesmente não apareceu.

Joana foi ao Itaquerão, estádio em que a coletiva foi realizada. Segundo o COL, porém, um atraso na programação impediu que ela ficasse para o evento – a executiva é a responsável por cerimônias da Copa e um teste sobre a abertura foi realizado no gramado.

A entrevista coletiva estava agendada para as 13h, mas teve início às 13h30. Logo na abertura, a mestre de cerimônias anunciou Joana Havelange entre as pessoas que fariam parte da mesa. "Se ela estiver aqui", completou.

Depois disso, o presidente da Hyundai Motor Brasil (HMB), William Lee, agradeceu a presença de Joana Havelange. À esquerda dele, uma cadeira vazia e uma placa com o nome dela eram as únicas marcas da diretora do COL.

A ausência de Joana Havelange é significativa por causa das polêmicas em que ela já se envolveu desde que assumiu um cargo no COL. A filha de Ricardo Teixeira chegou a ter blindagem especial no órgão, mas publicou um texto na redes social Instagram sobre a Copa com o trecho "o que tinha de ser roubado já foi".

O texto de apoio ao evento foi divulgado pelo blog do jornalista Juca Kfouri. A publicação e a polêmica em torno disso incomodaram a Fifa, segundo o blog do jornalista Ricardo Perrone, mas o fato de Joana ser filha de Ricardo Teixeira manteve a diretora como intocável.

O único executivo da Fifa que esteve na entrevista coletiva foi Jay Neuhaus, que trabalha no marketing da entidade. O secretário-geral Jérôme Valcke também foi ao Itaquerão, mas apenas para tirar fotos com os patrocinadores.

A Hyundai/Kia é um dos seis patrocinadores Fifa, principal cota de apoio à entidade. O atual contrato foi assinado em 2010, tem validade até 2022 e não tem valores públicos, mas a consultoria IEG estima que as seis empresas que ocupam esse nível invistam entre US$ 24 milhões e US$ 44 milhões anuais.