Luiz Felipe Scolari entende que os primeiros 10 dias de atividades em Teresópolis serão basicamente de recuperação física dos atletas. Neymar, por exemplo, se recupera de lesão no pé. Oscar lesionou a coxa recentemente no Chelsea. Em entrevista ao programa Encontro com Fátima Bernardes, nesta segunda-feira, Felipão alertou para a necessidade de priorizar a parte física neste começo de trabalho.

"Mapeamos tudo, para ter uma ideia geral de uma série de detalhes. Fizemos a análise com o doutor Runco, da parte médica, e com o Paulo Paixão. E vamos terminar com parte técnica, para fazer um trabalho diferente. Alguns deles jogaram um número bom de jogos, tem condições físicas boas, mas cada musculatura reage de forma diferente. Temos de ter cuidado nos primeiros 10 dias, para ter tranquilidade depois", disse.

Dos 23 atletas chamados para a Copa do Mundo, 18 atuam na Europa, que terminou recentemente sua temporada.

Os jogadores convocados por Felipão se apresentam nesta segunda-feira. Os primeiros dois dias de trabalho serão dedicados a exames médicos, físicos e testes psicológicos.  

Após a entrevista à TV Globo, Felipão entrou na área de imprensa e cumprimentou os jornalistas que estão acompanhando a seleção. O técnico fez o trajeto de cerca de cerca de 100 metros em pouco mais de cinco minutos. Parou algumas vezes para abraços e brincadeiras, mas não concedeu entrevistas.

A passeio de boas vindas faz parte da estratégia da comissão técnica da CBF de passar uma imagem de abertura maior aos veículos de comunicação, contrapondo a experiência da última Copa do Mundo, na África do Sul.

Scolari ainda esteve na área montada pelos patrocinadores da CBF ativação de marcas durante os treinamentos na Granja Comary, em Teresópolis.

Experientes e novatos

Para o Mundial, Felipão relacionou 18 atletas que jamais disputaram a competição. O treinador ressalta que a inexperiência também traz alguns positivos, como a gana de querer provar seu valor. O ideal é misturar experientes com novatos, receita Felipão.

"A gente fala muito em experiência, mas também em jovialidade. Mas quem já teve em uma Copa do Mundo, pode falar que já vivenciou, que já sabe o que é, não tem novidade. Os novos, não. Eles têm aquela garra maior. Mas temos uma mescla e vimos que não vamos sentir muito essa falta de vivência. Eles são experientes, jogam no exterior, decidem grandes campeonatos na Europa sempre".