Felipão fala em "resguardo" em treinos e culpa Fifa por portões fechados

Do UOL, em São Paulo

Nem a "farra" de 2006 e nem a "clausura" de 2010. Para Luiz Felipe Scolari, técnico da seleção brasileira, a melhor opção para um Mundial disputado em casa é uma espécie de meio-termo, sem exageros para nenhum dos lados. Por isso, ele já avisa que a culpa dos treinos com portões fechados é da Fifa.

"Não podemos também abrir os portões, a Fifa não permite. Quando pudermos, vamos abrir os treinamentos para dez ou 20 pessoas. Não somos nós apenas que pretendemos ficar um pouco mais resguardados, às vezes somos obrigados a isso", disse o treinador da seleção.

As portas fechadas já foram um tema polêmico no ano passado, durante a Copa das Confederações. A cada viagem da seleção, pequenas multidões se aglomeravam nas áreas externas dos treinos do time pedindo passagem. A entrada do público só foi liberada em poucas oportunidades e a insistência no tema chegou a incomodar o treinador e a comissão técnica.

Para a Copa do Mundo, só há a previsão de um treino aberto ao público, e ele acontecerá em Goiânia, antes do amistoso que a seleção disputará na cidade. A preocupação da comissão técnica, porém, não é só com a torcida.

Em 2006, a presença constante de convidados, patrocinadores e familiares dos jogadores foi apontada como motivo de distração da seleção, à época comandada por Carlos Alberto Parreira. Em 2010, como uma resposta ao fracasso de quatro anos antes, Dunga fez o contrário e impôs uma concentração total aos seus comandados, que deu igualmente errado.

Agora, Felipão promete equilibrar as coisas. "Vamos nos resguardar e abrir de forma organizada. Amigo, família, irmão, cachorro, não não não... Aí não dá. Se o jogador não se quiser, que vá  pra casa ficar com o seu cachorro", disse ele.

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