Figurinhas da Copa

Quer figurinhas? Veja que 'esquisitices' você encontra em eventos de troca

Felipe Noronha

Do UOL, em São Paulo

Uma das principais diversões em colecionar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo é trocar os cromos, seja com os amigos ou com desconhecidos. Esse segundo caso é facilitado pelos encontros, usualmente realizados em praças e bancas famosas em cada cidade. Nestes eventos, espera-se encontrar diversos colecionadores dispostos a ajudar seus iguais com trocas e até vendas, desde que por preço justo.

O UOL Esporte esteve em um desses encontros no último sábado - em Santos-SP, na Praça Independência - e observou que, na verdade, não é bem assim.

Claro, as trocas "uma por uma" acontecem. Vendas baratas para os mais desesperados, também. Mas muitas "esquisitices" são vistas, com várias pessoas cheias de vontade de faturar em cima de quem quer muito algum cromo.

Abaixo, listamos 10 personagens típicos desses encontros. Quer comparecer a um? Leia antes e se prepare!

10 personagens encontrados em eventos
  • Felipe Noronha/UOL
    Os que dão aula de faturamento
    Flávio Lúcio, 21 anos, fatura R$ 600 por dia em encontros de troca de figurinhas. Como? Ele tem todas as 640 figurinhas do álbum da Copa para venda. Como ele consegue?: Segredo. "Um amigo arranja", diz. Isso dá margem para boatos, mas os vendedores em encontros não ligam. Os desesperados por cromos específicos chegam a pagar até R$ 3 por brilhantes e jogadores famosos, como Neymar. Foto: Felipe Noronha/UOL
  • Felipe Noronha/UOL
    O negociador
    Jefferson de Souza, 25 anos, lucrou cerca de R$ 5 mil em 2010 vendendo figurinhas soltas em encontros de troca. "Compro R$ 1000 em pacotes para vender", afirma. A expectativa de lucro para 2014 é de R$ 8 mil. "Vendo figurinhas do Brasil por R$ 2, brilhantes por R$ 4 ou R$ 5. Neymar chega a sair por R$ 6", conta. Foto: Felipe Noronha/UOL
  • Felipe Noronha/UOL
    O que faz promoção
    Sim, os vendedores chegam a criar promoções para vender mais. Flávio Lúcio, por exemplo, dá um cupom para quem compra pelo menos R$ 15 em figurinhas. No dia da final da Copa, sorteará uma camisa oficial da seleção. Lucrando R$ 600 por dia, fica até fácil... Foto: Felipe Noronha/UOL
  • Felipe Noronha/UOL
    O cambista
    Trocar? Que nada. Eles querem é faturar. Pegam um banquinho, uma mesinha e levam suas figurinhas. Passam o dia em encontros gritando: "Quer figurinha? Quer figurinha?". Só vendem. Colecionar o álbum nem é necessário. Quer uma brilhante? Ele até pode trocar. Três por uma. Lucro. Foto: Felipe Noronha/UOL
  • Felipe Noronha/UOL
    O dono da banca
    Claro, no centro de um encontro de trocas é necessário ao menos uma banca de jornal. O dono dela aproveita para faturar, mas fica totalmente sem tempo para nada além de atender a tanta gente querendo mais e mais pacotes. Para lucrar mais, vale entrar na onda dos vendedores avulsos e vender figurinhas soltas. Foto: Felipe Noronha/UOL
  • Felipe Noronha/UOL
    Pais e filhos
    Crianças pequenas participam de encontros. Claro, ao lado dos pais. Luis Antônio da Silva levou filho Mateus a um encontro e gastou R$ 22 em apenas uma tarde, comprando figurinhas avulsas. Mas ele assume: isso acaba com a graça. "Mais vale a diversão, com paciência. Acaba com o mistério, abrir cada pacotinho", opina. Foto: Felipe Noronha/UOL
  • Arte/UOL
    Os curiosos
    O UOL Esporte levou o álbum de capa dura para o encontro, algo raro entre colecionadores. Foi o necessário para acender o lado curioso dos presentes. Toda pessoa abordada para trocas perguntava se podia mexer no álbum de capa dura e se ele era muito diferente. Foto: Arte/UOL
  • UOL
    Os que marcam as que faltam no papel
    A Panini lançou neste ano um aplicativo para que os colecionadores anotassem nos próprios celulares os cromos faltantes. Mas há quem resista e anote no papel mesmo. Tiago Graça é um dos "old schools": "Aplicativo é chato. Papel é mais rápido". Há os contrários, mas o argumento pouco muda: "É mais prático", opina João Marques, que usa um aplicativo, mas não o da Panini. Foto: UOL
  • Flavio Florido/UOL
    Adultos perdidos
    O que mais aparece em encontro de trocas, além dos colecionadores, são adultos perdidos. Seja aquele que procurar cromos para os filhos, ou aquele cujo neto já completou e precisa vender as repetidas. Claro, há também os que passam pelo local sem saber o que ocorre e se surpreendem: "Olha, figurinhas!", exclamam. Foto: Flavio Florido/UOL
  • Divulgação/Museu do Futebol
    Os que vão para trocar
    Apesar dos diversos personagens, os mais esperados num encontro de trocas existem:sim, os que vão para trocar. Se há um grupo reunido, há trocas normais. Uma por uma. Brilhante por duas. Brilhante por brilhante. Diversão garantida. O objetivo do álbum. Foto: Divulgação/Museu do Futebol

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