Protesto anticopa com público abaixo do esperado termina em confronto em SP
Pedro Lopes
Do UOL, em São Paulo
Palco de inúmeras manifestações nos últimos meses, a Avenida Paulista, em São Paulo, mais uma vez teve uma de suas faixas fechadas por conta de um protesto. Na noite desta terça-feira, foi realizado o 5º ato contra a Copa do Mundo. No entanto, a noite fria e chuvosa parece ter atrapalhado o plano dos manifestantes. Com mais de cinco mil pessoas confirmadas em uma rede social, o protesto teve a presença de cerca de 200 pessoas em seu início, chegando a aproximadamente 1000 em seu decorrer.
A situação permanecia pacífica até a dispersão, que aconteceu na região da Marginal Pinheiros. Por volta das 21h45, "black blocs" destruíram uma agência do banco Santander e a polícia entrou em ação. Foram 54 detidos após o ato de vandalismo, eles são encaminhados para o 14º D.P, localizado em Pinheiros.
"A manifestação começou pacífica, passou por toda a Paulista e já no final um grupo cometeu um ato de vandalismo causando danos a duas agencias bancárias. Foram detidas 54 pessoas, mas a maioria delas para averiguação e a maioria delas foi liberado, só devem ficar presos os que cometeram atos de vandalismo. Havia três menores dentre os detidos e com eles foi encontrado um coquetel molotov, mas eles disseram que havia sido dado por uma manifestante", afirmou o Major Genivaldo Antônio.
A manifestação, que começou no Masp (Museu de Arte de São Paulo), seguiu em direção à Marginal Pinheiros, passando pela Rebouças. O primeiro momento de tensão até o momento aconteceu por volta das 21h15 (de Brasília), quando um grupo de "black blocs" estourou uma bomba caseira perto de alguns policiais. Apesar do clima pesado, não houve nenhuma reação da Polícia Militar. Porém, o que era paz virou violência pouco tempo depois. Quando o ato já estava perto do fim, os "black blocs" destruíram a agência do banco Santander e correram em direção ao metrô Butantã (da linha amarela), o que deu início a uma grande confusão.
A polícia fechou a estação e passou a revistar os manifestantes que conseguiram entrar no local. Enquanto isso,os que ficaram do lado de fora deram início a um confronto verbal com a PM, que foi chamada de facista. Para liberar a entrada do metrô, o homens do batalhão de Choque entraram em ação e começaram a empurrar as pessoas.
Vale destacar que as pessoas que compareceram ao protesto, a maior parte era formada por movimentos estudantis. Já uma menor parcela pelos já conhecidos "black blocs". Antes de fecharem uma faixa da Paulista, alguns manifestantes conversaram com a polícia em uma espécie de acordo para que não houvesse violência de nenhuma das partes.
*Atualizada às 22h03