Movimentos sociais e sindicatos marcam protesto no 1º dia da Copa

Vinícius Segalla

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação

    Movimentos sociais aprovaram um calendário conjunto de protestos durante o Mundial de futebol

    Movimentos sociais aprovaram um calendário conjunto de protestos durante o Mundial de futebol

Cerca de 2.500 pessoas vindas de várias partes do país, representando pelo menos 15 movimentos sociais, sindicatos e entidades estudantis se reuniram no último sábado em São Paulo para definir uma pauta conjunta e um calendário de manifestações a serem realizadas daqui até o fim da Copa do Mundo no Brasil, que irá acontecer entre os dias 12 de junho e 13 de julho deste ano.

Após protagonizarem uma manifestação que fechou a Radial Leste por 30 minutos no último sábado, membros de entidades como a central sindical CSP-Conlutas, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, o Comitê Copa Popular e o Movimento Mulheres em Luta acordaram em preparar uma "jornada de mobilizações" durante o Mundial de futebol em todas as grandes cidades do país. A jornada terá início no dia da abertura da Copa, 12 de junho.

Os grupos representados no encontro deste sábado abarcam quase todos os movimentos organizados que vêm fazendo manifestações relacionadas à Copa desde o início do ano passado. A exceção é o movimento "Não Vai Ter Copa", formado basicamente por entidades estudantis de esquerda, que manterá uma agenda independente de protestos e reivindicações. 

Batizada como "Na Copa Vai Ter Luta", a jornada de mobilizações é acompanhada de um manifesto com as principais reivindicações dos grupos que preparam os atos. "Estamos convivendo com o caos na saúde pública, o descaso com a educação, a precariedade do transporte e nos serviços públicos, nas três esferas, assim como a falta de moradia e de terra para plantar e produzir alimentos. Desde junho do ano passado este tem sido o grito cada vez mais alto dos trabalhadores e da juventude brasileira. Os governos - federal, estaduais e municipais - não atendem as reivindicações dos que lutam. Nunca tem verba para atender as necessidades do povo", diz o manifesto.

Dentro das pautas específicas de reivindicação estão tarifa zero no transporte público, investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação pública e outros 10% no sistema de saúde e desmilitarização da Polícia Militar.

Veja com qual calendário de protestos trabalham essas organizações sociais daqui até a Copa:

 

28 de abril - "Dia de luta e denúncia dos acidentes de trabalho (em obras da Copa)"

Abril e maio - "Jornada de lutas convocada por vários segmentos do movimento popular para defender o direito à cidade (moradia, transporte e mobilidade, saneamento etc)"

1ª a 3 de maio - "I Encontro dos Atingidos por Megaeventos e Megaemprendimentos (Belo Horizonte)"

15 de maio - "Dia Internacional contra as Remoções da Copa"

12 de junho - "Abertura da jornada de mobilizações 'Na Copa Vai Ter Luta', com grande mobilizações populares em todas as grandes cidades do país"

Período de jogos da Copa - "Realização de manifestações nos Estados conforme definição das plenárias estaduais" 

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