Britânicos pedem que Copa 2022 seja tirada do Qatar após denúncias
Do UOL, em São Paulo
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Luis Acosta/AFP Photo
Jack Warner deixou a Fifa em 2011
Após as denúncias de que Jack Warner, vice-presidente da Fifa, teria recebido propina para votar no Qatar como sede da Copa de 2022, parlamentares britânicos querem que o Mundial não seja realizado no país. Em reportagem publicada pelo jornal The Telegraph, membros do parlamento do Reino Unido pedem que a entidade instale um inquérito sobre as revelações e que retire o direito do Qatar de realizar a competição.
"A Fifa deve realizar uma investigação completa. Parece que pode ter havido corrupções graves na licitação e que levantam sérias suspeitas sobre a realização da Copa do Mundo no Qatar", disse Clive Efford, membro do parlamento por Eltham e Plumstead.
"Se a Fifa olhar para as informações e verificar a existência de corrupção, ela deve reabrir o processo de licitação", completou.
Tessa Jowell, deputado trabalhista por Dulwich e West Norwood e ex-secretário de Cultura, Comunicação e Esporte, também falou sobre o assunto. "São revelações muito surpreendentes. É uma quantidade muito grande de dinheiro e do interesse de todos, incluindo o Jack Warner, que é alvo de investigação", falou.
Deputado federal por Newcastle, Paul Farrelly também defendeu a mudança de local. "Se a irregularidade for encontrada, o torneio deve ser transferido para outro lugar", finalizou.
Quem também falou sobre o assunto foi John Whittingdale, presidente da comissão de esporte, cultura e mídia. Segundo ele, os pagamentos "fornecem evidências que lançam dúvidas sobre a credibilidade de todo o processo para selecionar o Qatar como sede da Copa de 2022".
De acordo com a reportagem, Jack Warner, vice-presidente da Fifa, teria recebido mais de US$ 2 milhões de uma empresa do Qatar para votar no país como sede do Mundial. O ex-dirigente estaria sendo investigado pelo FBI pelo valor recebido.