Fifa cobra melhorias nas condições de trabalho nas obras da Copa de 2022

Do UOL, em São Paulo

  • Fadi Al-Assaad/Reuters

    Jornal inglês "The Guardian" revelou que 182 trabalhadores morreram no Qatar em 2013

    Jornal inglês "The Guardian" revelou que 182 trabalhadores morreram no Qatar em 2013

A Fifa solicitou nesta quinta-feira informações sobre as melhorias realizadas nas condições de trabalho dos operários das obras dos estádios e da infraestrutura para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

A entidade enviou uma mensagem assinado pelo secretário-geral Jérôme Valcke pedindo até o dia 12 de fevereiro informações detalhadas sobres as melhorias.

Diversas organizações não-governamentais e sindicatos têm denunciado nos últimos meses uma situação alarmante nas condições de trabalho de imigrantes que foram até o país asiático para atuaram nas obras.

Na última semana, o jornal inglês "The Guardian" noticiou a morte de 182 nepaleses que atuavam nas obras para o Mundial em 2013. Quando somados os últimos dois anos, esse número sobe para 382.

O documento a ser enviado pelo Comitê Organizador Local da Qatar-2022 será divulgado em reunião do parlamento europeu no dia 13 de fevereiro. Em novembro de 2013, os deputados europeus se mostraram preocupados com as condições de trabalhos dos imigrantes que viajam para o país como mão de obra barata.

No mesmo mês, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez uam visita ao Qatar e exigiu melhores condições de vida e de trabalho para os imigrantes. 

Segundo relatos, os trabalhadores enfrentam condições precárias de trabalho e subsistência, com jornadas que superam 12 horas diárias e moradia em alojamentos superlotados. Além disso, há uma condição próxima à escravidão. Os passaportes são confiscados e os salários, retidos pelos chefes durante meses para evitar que os funcionários abandonem os cargos.

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos