O presidente da CBF, José Maria Marin, admitiu, pela primeira vez, que uma das sedes da Copa do Mundo no Brasil pode ser excluída do Mundial. Marin disse que a Fifa pode ter um plano B para substituir a Arena da Baixada, caso o estádio não fique pronto a tempo. As declarações foram feitas um dia após a Fifa dar um ultimato à organização da Copa em Curitiba. O Atlético tem até 18 de fevereiro para mostrar evoluções na obra. 

"A situação é difícil. Nesse sentido, acredito que os responsáveis pela construção precisam recuperar o tempo perdido ou, pela primeira vez, esteja sendo estudado pela Fifa um plano B. Foi dado um sinal amarelo grande", afirmou Marin, durante coletiva de imprensa na sede da Federação de Futebol do Rio Grande do Norte nesta quarta-feira, 22. O dirigente não informou quais seriam as opções que a Fifa estuda. 

Apesar de admitir que o atraso existe, Marin diz acreditar no cumprimento dos prazos. "Nossas empresas têm uma capacidade grande, com prestígio e obras no exterior, para conseguir finalizar os projetos. Em minha primeira reunião na Fifa, Recife estava fora da Copa das Confederações. Naquela ocasião, a construtora triplicou o número de trabalhadores e o estádio ficou pronto", afirmou Marin.

Durante a coletiva, o dirigente afirmou que não acredita que estádios como a Arena das Dunas, Arena Pantanal e Arena da Amazônia serão elefantes brancos após a Copa do Mundo. "Falavam o mesmo de Brasília. Do elefante branco nós vamos procurar fazer um elefante de ouro. Quando todos disseram que Brasília seria um elefante branco eu levei o jogo [Flamengo e Santos] para lá. Foi um sucesso. Após essa partida, muitas partidas foram disputadas no Mané Garrincha."

Marin está em Natal para acompanhar a inauguração da Arena das Dunas, programada para o fim da tarde. Também devem participar do evento a presidente Dilma Rousseff e o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.