Odebrecht remove guindaste que causou acidente no Itaquerão
Do UOL, em São Paulo
Após o recesso do final de ano, a Odebrecht começou a limpeza dos 5% da obra que estavam interditados desde que ocorreu o acidente que matou dois operários, em 27 de novembro de 2013. O guindaste que causou o acidente também foi retirado do local e colocado em uma outra área da arena. Isso só foi feito agora porque a área estava interditada para passar pela avaliação da perícia.
O guindaste foi substituído por outros dois aparelhos menores, para que o trabalho possa seguir na obra. O aparelho grande não foi totalmente retirado do canteiro porque a perícia ainda pode solicitar mais testes.
Ainda falta, porém, retirar a treliça que dava suporte ao aparelho. É uma rede de estruturas interligadas que sustentavam o guindaste. A expectativa da construtora é de que tudo seja removido até o próximo dia 15.
Agora, será possível retirar a peça da cobertura que caiu junto com o guindaste e começar o trabalho de reconstrução do prédio leste do Itaquerão. Odebrecht, Corinthians e Fifa (Federação Internacional de Futebol) pretendem entregar a obra completa em 15 de abril.
Os peritos ainda avaliam se houve erro de algum operador, se a máquina apresentou defeito e se as condições climáticas contribuíram para a tragédia. O delegado Luiz Antônio da Cruz, do 65º DP (Artur Alvim), responsável pela apuração do caso, afirma ter ouvido mais de 20 pessoas, entre operários e responsáveis pela operação da colocação da última peça da cobertura do estádio corintiano. A polícia pediu mais 30 dias para encerrar a investigação.
O canteiro de obras foi liberado pelo Ministério do Trabalho em 19 de dezembro. Ministério do Trabalho e Odebrecht assinaram também um acordo para reduzir o número de cargas horárias dos operários do Itaquerão. O texto proíbe hora extra para os operadores de guindaste. Para evitar perdas salariais, quem não fizer hora extra ganhará uma indenização calculada com base na média de horas trabalhadas.