Andrés nega exagero nas horas extras para entregar Itaquerão

Do UOL, em São Paulo

Ex-presidente do Corinthians e coordenador das obras do Itaquerão, Andrés Sanchez negou o excesso de horas extras de funcionários na construção do estádio. Em entrevista nesta segunda, o dirigente disse que não irá "matar ninguém" para que o estádio esteja concluído, o que deverá acontecer no dia 15 de abril.

"Não vamos matar ninguém com trabalho para entregar um estádio", disse Andrés Sanchez, que garantiu que os operários trabalharão no máximo dez horas por dia, oito de uma jornada normal e outras duas de hora extra, como é permitido por lei. A Odebrecht, construtora responsável pela obra, informou que a jornada diária dos operários tem meia hora a menos: sete horas e meia contratuais, mais duas horas extras por dia.

Para a reta final da obra, o Itaquerão conta com 1.350 operários, que trabalham em um turno único, segundo a Odebrecht.

O ex-presidente corintiano ainda garantiu que o acidente não tem relação com uma suposta pressa para que a obra seja concluída.

"Não são mais que especulação, não tem provas de uma pressão do governo ou da Fifa, aqui sempre respeitamos a legislação do trabalho. Ao contrário dos outros lugares, aqui não houve movimentos de greve", completou. 

A previsão para a conclusão do estádio era o dia 20 de janeiro, mas, um acidente no último dia 27, que acabou com a morte de dois operários, atrasou a obra. A região em que o acidente aconteceu, cerca de 5% da construção, segue interditado e será a única a terminar apenas em abril. O restante deverá ser concluído semanas antes, segundo Marco Antonio Antunes, gerente de comunicação da construtora.

Recentemente, Luiz Antônio Medeiros, superintendente do Ministério do Trabalho, cobrou a contratação de mais funcionários, pois as horas extras levam o trabalhador à exaustão.

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