Carlos Alberto evita otimismo e diz que seleção precisa melhorar muito
Fernando Duarte
Do UOL, na Costa do Sauípe
Numa mesa formada por vários ex-campeões mundiais brasileiros, de Zagallo a Ronaldo, o capitão da seleção de 1970, Carlos Alberto Torres, destoou do clima de otimismo que marcou a entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, na Costa do Sauípe.
Enquanto ex-colegas enalteciam Neymar e as chances brasileiras no torneio, Carlos Alberto repetiu o tom crítico que vem marcando suas declarações sobre o assunto.
"Tive a honra de ser convidado para presidir a delegação brasileira nos amistosos de novembro nos EUA e de conhecer os meninos um pouco mais de perto. Faço parte do grupo que torce pela seleção, mas acho que o time ainda precisar melhorar muito. Sediar o Mundial não é uma garantia de que vamos ser campeões", disse o 'Capita'.
Em junho, antes da Copa das Confederações, o ex-lateral declarou que a seleção não já estaria no lucro se chegar à semifinal da Copa do Mundo.
Carlos Alberto formou a bancada ao lado ainda de Bebeto e de Amarildo, o artilheiro brasileiro no Mundial de 1962, no Chile. Marta, o mais importante nome do futebol feminino brasileiro, também foi convidada, na condição de embaixadora da Copa.
O capitão de 1970 disse que a derrota do Brasil no Maracanã Uruguai, em 1950, ainda pode atrapalhar a seleção brasileira nos dias de hoje.
"Em 1970, o papo do fantasma de 1950 desestabilizou nosso time e jogamos muito mal o primeiro tempo da semifinal com o Uruguai. Tivemos que levar uma bronca do Zagallo no vestiário", contou.