As chances de um supergrupo da morte com três campeões mundiais ainda existem, mas diminuíram nesta terça-feira após a Fifa divulgar os critérios a serem utilizados no sorteio da próxima sexta-feira, na Costa do Sauípe. A principal novidade foi a mudança da França para o pote 4 e repercutiu nos jornais internacionais. Os franceses comemoram, enquanto italianos e espanhóis mostraram certa preocupação.

A notícia para a seleção de Ribéry e companhia foi boa mesmo. Das europeias, ela era a menor classificada no ranking da Fifa de outubro, utilizado para definir os cabeças de chave e a organização dos potes do sorteio. A França, a princípio, ficaria no pote 2 com as seleções africanas e sul-americanas e, agora, estará ao lado das oito demais equipes do Velho Continente. Assim que o torneio tiver início, uma destas será repassada para o pote 2, podendo ser a França ou não. 

Para o L'Equipe e para a Revista France Football as chances dos "Bleus" estarem em um grupo na morte diminuíram, já que antes a probabilidade de cair no grupo de Brasil, Argentina e Uruguai logo no primeiro sorteio eram bem maiores. Vale lembrar que este grupo ainda poderia ter Holanda, Inglaterra ou Itália. 

O fato é que se franceses forem para o pote 2 tudo voltaria ao 'normal'. Com a mudança, Inglaterra e Itália também podem ir para o temido posto e formar uma chave com três seleções campeãs do mundo. 

Os italianos se mostraram preocupados. O Gazzeta dello Sport tratou a alteração do critério como "algo que nos diz respeito". Para eles, se os italianos forem os sorteados ou 'azarados" a irem ao pote 2, podem cair em situação desfavorável ao lado de Brasil, Holanda e EUA. "A pior das hipóteses". 

Mesmo assim, eles mostraram confiança para permanecerem no pote 4 e formar uma chave ao lado de Suíça, Argélia e Honduras. A publicação ainda diz que o ideal para a Fifa e para o torneio é que uma equipe mais fraca como Bósnia, Croácia ou Grécia seja a escolhida para mudar de pote. 

Os espanhóis do Marca também analisaram a mudança da França, mas preferiram encontrar o lado bom da história, ao citar que o europeu que for sorteado não precisará medir força com os cabeças de chave Espanha, Bélgica, Alemanha ou Suíça. O lado ruim é que se a França permanecer no pote 4, ela pode cair no grupo dos espanhóis. 

Na hora do sorteio final, cada chave poderá ter no máximo dois integrantes do mesmo continente. Por isso, o europeu que trocar de pote ficará, obrigatoriamente, no grupo de um cabeça-de-chave não-europeu (no caso Brasil, Argentina, Colômbia e Uruguai).